Com sabatina de Pagot adiada; relação Maggi e Lula complica
O nome do aliado de Maggi precisa passar por dois testes, ambos no Senado. O governador já estava em Brasília quando foi informado sobre o adiamento da sabatina. Para assumir o Dnit Pagot precisa do aval da maioria dos 23 membros da Comissão. Depois o processo vai a plenário. Maggi vai bater a porta do Palácio do Planalto. Quer explicações para o impasse. Cobrará empenho de Lula em defesa de Pagot, sob pena de ficar desmoralizado.
Aos olhos de Maggi e de boa parte da classe política, o presidente Lula teria simplesmente se limitado a indicar o braço-forte do "rei da soja", sem demonstrar, posteriormente, empenho ser aprovado, a considerar o comportamento apático dos principais líderes governistas na apreciação da mensagem que sugere o nome do ex-secretário de Estado de Mato Grosso para o cargo federal. O processo se arrasta há mais de 90 dias. Nesse período, Pagot, com uma pasta debaixo do braço, passou a circular pelos corredores do Congresso Nacional em busca de apoio. Ao mesmo tempo enfrentou denúncias de supostas irregularidades.
Aliás, se formos avaliar ao pé-da-letra, o poder político de Maggi perante o governo federal está resumido a um traque de São João, que nessa fogueira não queima e nem faz barulho. Até agora só promessa do petista petista. Não tem dinheiro, não tem nomeação e não tem renegociação da dívida do Estado e, se bobear, não terá Pagot no Dnit, uma autarquia que detém R$ 12 bilhões de orçamento.
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