Ameaça de investigar Jonas provoca adiamento na Sabatina
Depois do ex-senador Antero Paes de Barros (PSDB), que distribui dossiê contra a indicação do aliado de Blairo Maggi para o Dnit, agora é o senador Jonas quem complica a situação de Pagot.
Ocorre que o parlamentar empregou Pagot em seu gabinete, de 1995 a 2002. Nesse mesmo período, o ex-secretário de Infra-Estrutura, Casa Civil e Educação do atual governo estadual, foi diretor da Hermasa Navegação da Amazônia. A ocupação concomitante desses dois cargos seria ilegal. Nesse caso, o Conselho de Ética poderia investigar também o senador mato-grossense por nomear alguém que já tinha um outro emprego.
Pagot é acusado de ter omitido essas informações junto ao currículo encaminhado ao Senado, o que configura, em tese, crime de falsidade ideológica. A Lei 8.112 de dezembro de 1990 “dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União” e, em seu artigo 117 do capítulo das proibições destaca que "ao servidor é proibido participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada (...)". Também proíbe “exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho”.
No seu relatório favorável a Pagot, o senador Jaime Campos (DEM), que tem o próprio Pagot como primeiro suplente, simplesmente ignora que seu companheiro de chapa foi servidor do Senado e ao mesmo tempo diretor e acionista de uma sociedade privada.
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