Trabalhadores discutem em Cuiabá dificuldades para conseguir benefício no INSS

Um encontro na capital discute o auxílio doença, benefício que todo o trabalhador pode requerer quando ficam impossibilitados de trabalhar.

Rosinei da Silva Biondo tem 39 anos de idade e 19 como bancário. Ele está afastado do trabalho a mais de quatro anos devido um problema na coluna e uma tendinite nos braços em decorrência da digitação.

“Tenho convivido com fisioterapias, medicamentos, não posso ficar muito tempo em pé e nem sentado”, disse Rosinei.

Ele voltou ao trabalho ainda sem condições. Recorreu, mas a resposta pode demorar até três meses. Nesse período o trabalhador fica sem receber o auxílio. Ele apresentou o laudo de outro médico e vários exames. Um ortopedista acompanha o caso desde 1999.

“Eu acompanho o caso e o processo de inflamação que atinge o Rosinei deve piorar”, disse o médico Werner Fockink.

Essa dificuldade vem sendo enfrentada por várias categorias. Representantes de um sindicato participam de um seminário previdenciário trabalhista em Cuiabá para tirar dúvidas.

“Esses trabalhadores que estão aqui, fazendo o curso e recebendo essas orientações, eles estão se preparando para levar aos trabalhadores a informação de como reivindicar os direitos deles. Eles aprenderão a maneira correta para evitar problemas”, disse Luiz Lopes Lima, um dos diretores da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria.

O auxílio doença é cedido pelo INSS aos trabalhadores que recolheram pelo menos 12 contribuições. Em Mato Grosso, dos 6.600 benefícios concedidos, mais da metade, 3.800 são de auxílio doença.