PSOL deixa para agosto representação contra Renan por caso Schincariol
"Nosso entendimento é que o aditamento à atual investigação seria cabível porque se inscreve em um dos itens da representação que inicialmente apresentamos. A ligação dele com o lobista Claudio Gontijo é um sinal típico de tráfico de influência. Mas vamos produzir agora a nova representação para a primeira semana de agosto", disse o líder do PSOL na Câmara, deputado Chico Alencar (RJ).
Apesar de deixar o assunto para depois do recesso parlamentar no Senado, o PSOL pretende ingressar amanhã com representação contra o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL) na Câmara.
O irmão de Renan é acusado de ter vendido uma fábrica de cerveja à Schincariol no município de Murici (AL), com preço acima da média do mercado. Renan, em contrapartida, teria atuado para reverter dívida de R$ 100 milhões da empresa no INSS e em débitos com a Receita Federal.
O Conselho de Ética do Senado negou o pedido do PSOL para incluir nas investigações sobre Renan novas denúncias que o ligam à Schincariol --por considerar que as denúncias atrapalhariam o andamento do processo contra o peemedebista.
"A aceitação desse aditamento atrasaria o andamento das investigações em curso, feitas a partir da representação número 1, de autoria do próprio PSOL. Já foram estabelecidos os limites da lide e o aditamento apresentado ontem provém de fato estranho ao processo. Por isso, com a concordância dos relatores, foi indeferido", disse o senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), presidente do conselho.
O argumento dos relatores do caso Renan --Renato Casagrande (PSB-ES), Marisa Serrano (PSDB-MS) e Almeida Lima (PMDB-SE)-- é que a representação inicial do PSOL, que questiona a ligação do peemedebista com a empreiteira Mendes Júnior, não faz nenhuma menção às denúncias que ligam o senador à Schincariol.
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