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Politica Brasil
Quarta - 11 de Julho de 2007 às 07:45

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O PSOL vai decidir nesta quarta-feira se ingressará com uma nova representação contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) no Conselho de Ética do Senado. O partido pediu o prazo até hoje, ao meio-dia, para que o presidente do conselho, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), responda se aceitará um adendo ao processo contra Renan para incluir as denúncias que ligam o senador à empresa Schincariol.

A presidente do PSOL, Heloísa Helena (AL), disse que se Quintanilha não acatar o aditamento ao processo solicitado pelo partido, o PSOL vai ingressar com uma nova representação para que a denúncia sobre a Schincariol seja investigada.

"Gostaríamos de não fazer uma nova representação, mas estamos com a representação pronta caso o senador Quintanilha não acate o nosso pedido de aditamento", disse a ex-senadora.

Segundo Heloísa Helena, o partido considera "inaceitável" que o Conselho de Ética não investigue as novas denúncias contra Renan. "O senador Quintanilha se comprometeu a dizer até meio-dia se vai aceitar o aditamento ou se vai convocar sessão do conselho para votar esse nosso pedido", afirmou.

Os relatores do Conselho de Ética já afirmaram que não podem incluir as investigações sobre a Schincariol no processo que já está em andamento contra o senador. O argumento de Renato Casagrande (PSB-ES), Marisa Serrano (PSDB-MS) e Almeida Lima (PMDB-SE) é que a representação inicial do PSOL, que questiona a ligação de Renan com a empreiteira Mendes Júnior, não faz nenhuma menção às denúncias que ligam o senador à Schincariol.

Na avaliação dos relatores, o PSOL teria que apresentar uma outra representação para que as denúncias sobre a fabricante de cerveja sejam investigadas pelo conselho em um novo processo.

Denúncias

De acordo com reportagem da revista "Veja" do último fim de semana, Renan teria beneficiado a Schincariol depois de a cervejaria comprar uma fábrica de seu irmão, o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL).

A revista afirma que a Schincariol adquiriu por R$ 27 milhões uma fábrica de Olavo em Murici (AL), base eleitoral dos Calheiros. Após a conclusão do negócio, Renan teria conseguido evitar a cobrança de uma dívida de R$ 100 milhões da Schincariol com o INSS e uma outra, também milionária, com a Receita Federal.

A empresa não comentou os números apresentados pela "Veja", mas informou que investiu na região "mais de R$ 400 milhões nos últimos dois anos". A Schincariol confirmou a compra da fábrica em Murici e relacionou outros dois exemplos de investimentos em Igarassu (PE) e Horizonte (CE).

A presidente do PSOL disse que o partido está disposto a apresentar representação na Câmara contra o deputado Olavo Calheiros e outros parlamentares acusados de irregularidades.





Fonte: Folha Online

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