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Politica Brasil
Terça - 10 de Julho de 2007 às 18:12
Por: GABRIELA GUERREIRO

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A senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) reagiu hoje ao presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), que questionou sua capacidade de integrar o Conselho de Ética do Senado. A senadora disse que Renan fez uma "agressão gratuita" uma vez que, mesmo como relatora do seu processo no conselho, não tem obrigação de saber detalhes sobre o trâmite jurídico na Casa Legislativa.

"Eu posso não ser uma jurista, mas eu entendo de ética. Acho que foi uma agressão gratuita. Mas não vou polemizar. Não estou aqui para absolver ou condenar. Vou fazer meu trabalho sem pressão", disse Marisa Serrano.

Ao presidir a sessão do plenário esta tarde, quando trocou farpas com o senador Arhur Virgílio (PSDB-AM), Renan disse que se a senadora "não souber o que é uma petição, que objetiva assegurar o direito [do acusado], ela talvez não tenha muita condição de representar um partido num Conselho de Ética".

A polêmica teve início depois que a senadora levou para a reunião da bancada do PSDB as petições apresentadas pelo advogado de Renan, Eduardo Ferrão, ao processo contra o presidente do Senado. O advogado encaminhou duas representações nas quais sugere a anulação da primeira perícia feita pela Polícia Federal nos documentos de Renan e ainda levanta dúvidas sobre a decisão do presidente do órgão, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), de reiniciar as investigações.

Virgílio questionou Renan, com base nos argumentos de Marisa Serrano, sobre as medidas protelatórias do advogado. Em resposta, o presidente do Senado colocou em xeque a capacidade da senadora ser uma das relatoras do processo.

Marisa Serrano disse que, "como mulher e professora", tem o hábito de detalhar suas dúvidas à bancada do partido. "Vou até o fim analisando cada item. Talvez por ser professora e mulher, estou analisando cada detalhes. É um direito que eu tenho. Não estou pedindo nada mais que o senador [Renan] nos enviou", afirmou.

Bate-boca

Na troca de farpas com Virgílio, Renan disse que não está disposto a deixar a presidência do Senado mesmo sob os apelos da oposição.

"Quem quiser ser catão, vai ter que ser catão. Se quiserem a minha cadeira, se esse for o desejo político ocasional, vão ter que sujar as mãos, dizer ao Brasil porque estão tirando o presidente do Senado. Vão ter que botar a forca lá fora ou a fogueira e pegar o presidente do Senado lá dentro para queimar. Até essa hora, eu vou cumprir o meu papel na minha cadeira", reagiu Renan.





Fonte: Folha Online

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