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Politica Brasil
Terça - 10 de Julho de 2007 às 11:44
Por: Renata Giraldi

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Em mais uma manobra para tentar protelar o julgamento do processo contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o advogado Eduardo Ferrão encaminhou questionamentos sobre a decisão do Conselho de Ética de arquivar o relatório elaborado pelo senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA) sobre o caso.

Nas duas representações, Ferrão indaga as medidas tomadas pelo Conselho de Ética para ampliar as investigações, sugere a anulação da primeira perícia feita pela PF (Polícia Federal) e ainda levanta dúvidas sobre a decisão do presidente do órgão, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), de reiniciar as investigações.

"Já estudamos as duas representações do advogado do senador Renan e já avaliamos. São representações que questionam a não-votação do relatório do senador Epitácio, a abrangência da representação e que pede a nulidade da primeira perícia e questiona sobre a nova [perícia]", afirmou o senador Renato Casagrande (PSB-ES), um dos relatores do caso.

Na semana passada, Quintanilha entendeu que, com a nomeação dos três relatores, o documento elaborado por Cafeteira seria automaticamente arquivado, assim como os votos em separado apresentados anteriormente.

Segundo Casagrande, as respostas às representações encaminhadas pelo advogado serão fornecidas ainda hoje. Mas disse que não há o que questionar sobre as decisões tomadas pelo conselho: "Estamos calçados em um despacho dado pelo presidente Leomar Quintanilha saneando o processo".

De acordo com o relator, dois consultores do Senado serão enviados ainda nesta terça-feira a Alagoas. O objetivo é que eles solicitem documentos em todas as áreas relativas às investigações sobre as denúncias que envolvem Renan. Ao final, esses documentos serão reunidos e apensados ao processo já em curso no conselho.

Em agosto

Casagrande disse também que só depois do recesso parlamentar de julho o Conselho de Ética vai se reunir para ouvir depoimentos e deliberar decisões de plenário. Segundo ele, antes deste período, bastam as reuniões realizadas entre Quintanilha e os três relatores --Casagrande, Marisa Serrano (PSDB-MS) e Almeida Lima (PMDB-SE).

Renan é investigado sobre suposto recebimento de dinheiro da construtora Mendes Júnior, via lobista Cláudio Gontijo, para pagar despesas pessoais, como pensão alimentícia e aluguel à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha.

Casagrande disse que os documentos solicitados pelo Conselho de Ética do Senado a Renan, para serem anexados na sua defesa no processo, devem ser encaminhados no final da tarde desta terça-feira.

De acordo com o relator, esses documentos devem ser enviados à PF no mais tardar até amanhã. A idéia é que a Polícia Federal aprofunde a perícia já iniciada na documentação de Renan.





Fonte: Folha Online

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