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Politica Brasil
Terça - 10 de Julho de 2007 às 05:09

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BRASÍLIA - Os relatores do processo em curso contra Renan Calheiros (PMDB-AL) no Conselho de Ética prometem encaminhar ainda nesta terça-feira, 10, ofício ao presidente do Senado solicitando novos documentos para serem analisados pelo colegiado. Acusado de ter suas despesas pessoais pagas pelo lobista Cláudio Gontijo, da empreiteira Mendes Júnior, Renan terá de fornecer uma série de documentos entre os quais notas fiscais da venda de gado referentes ao ano de 2004.

Os relatores do Conselho de Ética também vão fazer uma série de solicitações às secretarias de Estado da Fazenda e da Agricultura de Alagoas e às delegacias do Ministério da Agricultura para ter informações sobre transações que envolvem Renan.

Em sua defesa, o presidente do Senado alega ter rendimentos agropecuários que possibilitavam o pagamento de despesas pessoais - como a pensão de R$ 12 mil mensais para a jornalista Mônica Veloso (com quem tem uma filha fora do casamento) - acima de seus vencimentos como senador. "Precisamos dessas informações e por isso faremos amanhã (terça-feira) todas as solicitações ao presidente Renan e para órgãos que possam colaborar com o processo", afirmou o senador Renato Casagrande (PSB/ES), um dos relatores do Conselho de Ética.

Em reunião de quase três horas entre Casagrande, os outros dois relatores, Almeida Lima (PMDB-SE) e Marisa Serrano (PSDB-MS), e o presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), também foi decidido que o Senado encaminhará a Alagoas um consultor para checar informações pertinentes à investigação.

Defesa

Também na segunda-feira, segundo os relatores, Renan apresentou uma série de seis quesitos ao colegiado em sua defesa. O presidente do Senado pede que o órgão analise se ele apresentou alguma nota falsa, além de análise de seus extratos bancários e Imposto de Renda.

O advogado de Renan, Eduardo Ferrão, também entregou um ofício ao Conselho de Ética no qual questiona o colegiado das razões de Quintanilha ter anulado o relatório de Epitácio Cafeteira (PTB-MA). Primeiro relator do processo contra Renan, Cafeteira propôs o arquivamento das investigações por falta de prova. Na semana passada, Quintanilha anulou o parecer do petebista.




Fonte: Estadão

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