Licenciamentos têm alto custo na AL
Em 2006, a troca totalizou em 13 suplentes nomeados na Casa de Leis. Segundo o parlamentar Roberto França (sem partido), esse rodízio é comum e nunca foi questionado. O dispositivo está assegurado pelo Regimento Interno da AL, onde o texto permite que aqueles que se afastaram sejam remunerados. França, segundo suplente, ocupa a vaga de Gilmar Fabris, que alega um tratamento de obesidade, pressão alta e diabetes. Passados os 121 dias do primeiro pedido de licença de Gilmar, o democrata apresentou, na semana passada, a solicitação para prorrogação do tratamento médico que estava previsto para encerrar na segunda-feira (2). São mais 125 dias que o deputado-apresentador terá pela frente no Legislativo. Fabris e Malheiros foram diplomados pela coligação PFL/PPS que – previamente – havia combinado o rodízio até o segundo suplente.
O trio que ocupa as secretarias quis receber o salário de parlamentar por ser maior do que os proventos oferecidos na prefeitura de Cuiabá e no Governo do Estado. Ságuas e Malheiros teriam direito, como titulares das pastas de Educação e Casa Civil, à mesma quantia recebida pelo governador Blairo Maggi (PR), ou seja, R$ 11.050. Maluf, à frente da Saúde de Cuiabá, receberia R$ 6,4 mil. A justificativa dos três se prende ao fato de que não há irregularidades nessa opção. Atualmente, com o reajuste aprovado na Câmara dos Deputados, o legislativo de Mato Grosso, que recebia R$ 9.580, passou a receber R$ 12.138, conforme divulgação da Secretaria Geral da AL. Pela legislação, as Assembléias Legislativas podem aplicar o mesmo reajuste aos seus subsídios, já que deputados estaduais podem ganhar até 75% do que recebem os deputados federais. O aumento para os parlamentares de Mato Grosso é retroativo ao dia 1º de maio e totalizou 26%, valor que começou a ser repassado no mês de julho.
Contudo, os licenciados não somam outros benefícios. Os deputados estaduais que estão na função, além do salário, recebem mais R$ 30 mil para a contratação da equipe particular de servidores e mais R$ 15 mil de verba indenizatória.
Na última terça-feira (3), o quinto suplente ocupou a cadeira de Galindo. Laércio Norberto Junior, o Júnior Chaveiro (PMN), de Barra do Bugres, que teve apenas 4.392 votos obtidos nas eleições de outubro, é o novo deputado estadual. Ele faz parte do grupo que já está no Parlamento: Wagner Ramos, Roberto França, Carlos Avalone e Alexandre Cesar.
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