Pagot desmente relatório da AL sobre empreiteira de amigo
Incisivo, Pagot destacou que o fato de Mauro ser seu amigo não significa que a sua empresa teria que deixar de trabalhar, inclusive para o próprio Governo: "Só porque um cidadão é meu amigo ou do governador vou mantê-lo isolado do Estado?", questionou Pagot.
Em 2001 e 2002, últimos anos do governo do tucano Dante de Oliveira, morto no ano passado, a soma dos pagamentos do Estado à empreiteira foi de R$ 457.127. Em 2003 e 2004, dois primeiros anos do governo Maggi, os contratos com a empresa saltaram, juntos, para R$ 12.511.675 -daí os 2.637% de aumento. Os valores aumentaram ainda mais nos anos seguintes. Em 2005, a empresa ganhou R$ 12.666.483. Em 2006, recebeu R$ 16.116.911. Pagot comandou a secretaria de Infra-Estrutura de Mato Grosso até meados de 2005. Os dados constam de auditoria feita em janeiro deste ano pela Assembléia Legislativa
Pagot não desmentiu os dados que constam do parecer e afirmou que os valores dos repasses à Lotufo "devem ser até maiores". Ele disse também que o caso da Lotufo não é único. Afirmou que outras empresas, que antes quase não comercializavam com o Governo, tiveram ganhos substanciais em contratos estatais durante a gestão de Blairo Maggi.
Para ele, o parecer da Assembléia Legislativa é "um exemplo clássico de denuncismo" para prejudicar sua posse no Dnit. "É um documento faccioso, feito à margem do processo legal da Assembléia”.
Mauro Carvalho disse que o crescimento da empresa durante o governo Maggi se deve a uma opção de mercado. Antes, a empresa quase não entrava em concorrências governamentais, disse."Mas, com a seriedade do governo [Maggi], resolvemos participar. Foi uma estratégia", afirmou. Ele afirmou também que, se comparada com outras empresas do Estado, a Lotufo ganhou poucas licitações.
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