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Politica Brasil
Sexta - 06 de Julho de 2007 às 07:15

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O senador do Pará, Flexa Ribeiro (PSDB-2003/2011), disse na tarde de ontem, quinta-feira (5), em Cuiabá, que o seu partido já definiu uma estratégia que pode abalar a intenção política do suplente de senador Luiz Antônio Pagot, indicado para comandar o Dnit (Departamento Nacional de Integração de Transporte).

Mesmo sob a antítese tucana, Pagot sai do embaraço político se convencer os senadores do PT, PMDB e do DEM, legendas que possuem maior número de cadeiras na CI (Comissão de Infra-estrutura) do Senado.

“Está fechado: o PSDB não apóia a aprovação dele [Pagot] e eu estou fechado com o meu partido”, assim definiu o parlamentar quando questionado sobre a sua posição na quarta-feira que vem dia em que Pagot, que já chefiara três secretarias de Estado em Mato Grosso, deve ser sabatinado pela CI do Senado.

A sabatina é o rito final que decide a ida ou não de Pagot para o Dnit. No início desta semana, a questão seria resolvida, mas o senador também paraense Mário Couto Filho (PSDB-2007/2015), adiou o debate ao pedir vistas do processo da indicação. Ao intervir, o ele adiou a audiência por cinco dias úteis. Vinte e três senadores vão sabatinar o ex-secretário e, depois, votam de maneira secreta.

Dos 23 senadores que têm direito ao voto sobre a indicação de Pagot, cinco são PSDB. Já o PMDB, PT e DEM, somam 14 parlamentares. O restante dos votantes é composto por PDT, PP, PC do B e PR.

Teoricamente, Pagot leva uma vantagem se considerada a fidelidade partidária. O ex-secretário fora indicado pelo governador Blairo Maggi e pelo comando do PR, dono de uma cadeira, seu partido.

Portanto, já teria garantido um voto. Outra questão positiva: Pagot tem a preferência do presidente Lula. Então, ele teria garantido mais três votos dos senadores petistas, no caso, o de Serys Slhessarenko e mais um do PC do B, sigla que circula entre as legendas que dão sustentação ao governo federal. Somando até aqui, ele teria cinco votos favoráveis.

O PMDB, dono de seis cadeiras na CI do Senado e o DEM, com cinco, são partidos de difíceis interpretações quando o assunto caminha para o campo ideológico. Alas peemedebistas apóiam o governo Lula; outras, não. Os democratas nutrem as mesmas indecisões.

Pagot estaria amparado pelo voto do relator do processo, o senador mato-grossense Jayme Campos, do DEM. Seriam, então, seis votos contados em favor do ex-secretário, que é suplente de Campos.

De acordo com o discurso do senador Tasso Jereissati, presidente nacional do PSDB, a idéia é adiar mais uma vez a sabatina. Ele disse ontem, em Cuiabá, que seu partido quer que as denúncias contra Pagot sejam investigadas antes de ele ser sabatinado. Jereissati e Flexa Ribeiro estiveram em Cuiabá, onde participaram da homenagem ao ex-governador Dante de Oliveira, morto um ano atrás.

Os tucanos questionam o fato de Luiz Pagot ter atuado por sete anos como assessor parlamentar do senador Jonas Pinheiro (DEM-MT) e, ao mesmo tempo, dirigir uma empresa privada. No Senado, segundo Jereissati, isso é ilegal. Pagot teria trabalhado para Pinheiro e para a Hermasa Navegação, de 1995 a 2002.





Fonte: Assessoria/Midia News

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