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Politica Brasil
Quinta - 05 de Julho de 2007 às 14:31
Por: Catarine Piccioni

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Os deputados estaduais decidiram nesta quinta-feira se reunir com o governador Blairo Maggi (PR) para discutir ações a fim de superar os entraves da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e, posteriormente, criar ou não uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na próxima semana para apurar supostas irregularidades na pasta.

“O sistema operacional de trabalho da Sema está estrangulado e, se está estrangulado, é porque não existe”, criticou o deputado Adalto de Freitas (PMDB). Os parlamentares questionam a morosidade nos planos de manejos florestais sustentáveis e projetos de exploração florestal e até a própria deflagração da Operação Guilhotina, da Polícia Judiciária Civil, contra madeireiros, proprietários de terras, engenheiros florestais e servidores públicos.

A reunião com o governador Blairo Maggi deve ser agendada pelo secretário-chefe da Casa Civil, deputado licenciado João Malheiros (PR). Ao menos 11 deputados ouviram nesta quinta-feira os esclarecimentos do secretário de Meio Ambiente, Luís Henrique Daldegan. A idéia da CPI, defendida por um grupo liderado pelo pepista José Riva, está em "stand by" (espera).

“Estamos formatando o requerimento para a CPI, que pode ser um bom remédio. A Sema é o carro-chefe da economia do Estado e o tamanho, a estrutura física e o pessoal atual não atendem as demandas. Eu não acho que o setor madeireiro seja vilão”, defendeu Riva, primeiro-secretário da AL.

Por diversas, Maggi já recomendou aos deputados que indiquem as possíveis irregularidades da administração em diálogos internos antes de articular a formação de comissões parlamentares de inquérito, a exemplo do que ocorreu em fevereiro com a MT Fomento, cujo presidente Éder Moraes foi acusado de favorecer grandes empresas nos financiamentos.

Presidente da Comissão de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Recursos Minerais, Dilceu Dal Bosco (DEM) afirmou que a reunião com o secretário não convenceu os parlamentares e nem tirou todas as dúvidas em relação aos “atrasos e trâmites na concessão de licenças ambientais”. Questionado sobre o porquê da reunião ter ocorrido a portas fechadas, ele disse não haver “segredos”. Segundo o democrata, a expectativa é que Maggi determine os encaminhamentos da Sema, já que pode ser a “última reunião” antes da instalação da CPI.

A apresentação do requerimento da CPI depende de oito assinaturas, enquanto para aprová-lo são necessárias 16. A Sema conduz 18 mil processos de gestão florestal. “Já fomos muito tolerantes com a Sema e não podemos mais aturar as desculpas de que há falta de estrutura”, esbravejou Riva.





Fonte: Olhar Direto

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