Deputados vão consultar Maggi; CPI da Sema fica em 'stand by'
“O sistema operacional de trabalho da Sema está estrangulado e, se está estrangulado, é porque não existe”, criticou o deputado Adalto de Freitas (PMDB). Os parlamentares questionam a morosidade nos planos de manejos florestais sustentáveis e projetos de exploração florestal e até a própria deflagração da Operação Guilhotina, da Polícia Judiciária Civil, contra madeireiros, proprietários de terras, engenheiros florestais e servidores públicos.
A reunião com o governador Blairo Maggi deve ser agendada pelo secretário-chefe da Casa Civil, deputado licenciado João Malheiros (PR). Ao menos 11 deputados ouviram nesta quinta-feira os esclarecimentos do secretário de Meio Ambiente, Luís Henrique Daldegan. A idéia da CPI, defendida por um grupo liderado pelo pepista José Riva, está em "stand by" (espera).
“Estamos formatando o requerimento para a CPI, que pode ser um bom remédio. A Sema é o carro-chefe da economia do Estado e o tamanho, a estrutura física e o pessoal atual não atendem as demandas. Eu não acho que o setor madeireiro seja vilão”, defendeu Riva, primeiro-secretário da AL.
Por diversas, Maggi já recomendou aos deputados que indiquem as possíveis irregularidades da administração em diálogos internos antes de articular a formação de comissões parlamentares de inquérito, a exemplo do que ocorreu em fevereiro com a MT Fomento, cujo presidente Éder Moraes foi acusado de favorecer grandes empresas nos financiamentos.
Presidente da Comissão de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Recursos Minerais, Dilceu Dal Bosco (DEM) afirmou que a reunião com o secretário não convenceu os parlamentares e nem tirou todas as dúvidas em relação aos “atrasos e trâmites na concessão de licenças ambientais”. Questionado sobre o porquê da reunião ter ocorrido a portas fechadas, ele disse não haver “segredos”. Segundo o democrata, a expectativa é que Maggi determine os encaminhamentos da Sema, já que pode ser a “última reunião” antes da instalação da CPI.
A apresentação do requerimento da CPI depende de oito assinaturas, enquanto para aprová-lo são necessárias 16. A Sema conduz 18 mil processos de gestão florestal. “Já fomos muito tolerantes com a Sema e não podemos mais aturar as desculpas de que há falta de estrutura”, esbravejou Riva.
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