Maggi viaja a Brasília hoje para ajudar aliado Pagot
A indicação do presidente Lula se tornou uma batalha campal envolvendo o PSDB e os partidos da base aliada do governo federal que não compareceram em peso como se aguardava para o evento.
Na realidade, a crise política de Mato Grosso foi transferida para Brasília e acabou se instalando justamente no processo de indicação de Pagot para o Dnit. Só que esta não é uma verdade completa, já que muitos tucanos como o próprio líder, Arthur Virgílio, o também senador Sérgio Guerra e o prefeito de Cuiabá, Wilson Santos, se manifestaram favoráveis à indicação que beneficiaria em muito Mato Grosso e todos os Estados. Para eles, a crise seria mais pessoal do que partidária.
Conspiração se tornou o principal argumento após a decisão da Comissão de conceder vistas ao senador Mário Couto, e o governador Maggi vai tentar debelar mais essa crise e evitar um confronto maior por uma simples indicação para cargo de chefia.
No auge da crise da indicação de Pagot, quando o senador Sérgio Guerra (PSDB/PE) desistiu da relatoria, foi necessário que Maggi viesse a Brasília, passasse dois dias e se articulasse para devolver aos trilhos o processo, o que acabou se confirmando com a definição de Jaime Campos como relator da matéria.
Maggi chega num momento delicado do Senado por causa das denuncias envolvendo o presidente da Casa, Renan Calheiros e o senador Joaquim Roriz, que teve acatado pela Mesa Diretora processo de investigação no Conselho de Ética. Se aberto o processo contra Joaquim Roriz não poderá o mesmo renunciar ao mandato para evitar a cassação na conclusão das investigações.
A tentativa desesperada de Maggi (PR) é para demonstrar que tem força e prestígio no Senado para conseguir emplacar seu principal aliado político no Dnit.
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