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Roriz é 4º senador a renunciar na história do Congresso
A saída, contudo, poupou Roriz da perda de direitos políticos e ele poderá disputar cargo eletivo em 2010 - o DF não tem eleições municipais em 2008. Isso ocorreu por uma manobra da Mesa Diretora, que “segurou” o envio do pedido de abertura de processo ao Conselho de Ética. Pela legislação, quando o conselho inicia apuração, o acusado não pode mais renunciar para evitar a perda dos direitos políticos.
O discurso de renúncia de Roriz chegou à Mesa em meio à sessão com plenário vazio, no qual estavam só Eduardo Suplicy (PT-SP) e Wellington Dias (PMDB-MG), debatendo sobre a Renda Básica de Cidadania. Gilvam Borges (PMDB-AP) anunciou que faria comunicado importante. Em seguida, coube ao senador Mão Santa (PMDB-PI), secretário-substituto, ler o discurso de nove minutos e duas páginas. Ressaltando que vivia hora de “grave decisão”, o ex-governador do Distrito Federal afirmou na carta que, com “farta documentação”, demonstrou “cabalmente a lisura” de sua conduta política.
Criticou a condenação pública que sofreu pela mídia: “O furor da imprensa, o açodamento de alguns, as conclusões maliciosamente colocadas lamentavelmente ecoaram mais alto. Pesou apenas o propósito de destruir, neste momento, uma vida coroada por relevantes serviços prestados à sociedade, particularmente ao povo mais humilde do Distrito Federal”, escreveu. Uma parte da carta foi usada para se queixar do próprio Senado e do corregedor Romeu Tuma (DEM-SP), que havia classificado de “grave” a situação de Roriz.
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