Prazo para Roriz renunciar e escapar de processo termina hoje
A Folha Online apurou que Roriz analisa a possibilidade de renunciar para evitar um processo por quebra de decoro parlamentar que pode resultar, no limite, em sua cassação --que o deixaria inelegível até 2022 (o resto do atual mandato mais oito anos).
Uma das interpretações do regimento interno do Senado é que Roriz tem de renunciar antes da Mesa Diretora decidir enviar a representação para o Conselho de Ética para não ficar inelegível.
No entanto, advogados de Roriz disseram à Folha Online que o regimento interno abre brechas para outras interpretações para essa situação. Uma delas é que Roriz pode esperar o Conselho de Ética designar um relator para o processo para renunciar.
Os aliados de Roriz não descartam também a possibilidade da Mesa Diretora, presidida por Renan, mandar arquivar sumariamente a representação do PSOL. Essa medida, entretanto, geraria desgaste à imagem do Senado e pioraria a situação de Renan, também alvo de processo por quebra de decoro parlamentar.
O presidente do Senado é acusado de ter utilizado dinheiro da construtora Mendes Júnior, via lobista Cláudio Gontijo, para pagar despesas pessoais, como pensão alimentícia e aluguel à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha.
Já o ex-governador do Distrito Federal passou a ser denunciado, depois que vieram à tona gravações de conversas telefônicas entre ele e o ex-presidente do BRB (Banco de Brasília) Tarcísio Franklin de Moura. Nelas, Roriz supostamente acerta com Moura a partilha de R$ 2,2 milhões no escritório do empresário Nenê Constantino, presidente do Conselho de Administração da Gol.
Em discurso emocionado no plenário do Senado, o peemedebista negou as denúncias. De acordo com ele, ficou com apenas R$ 300 mil, do valor total do empréstimo, e teria devolvido o restante ao amigo empresário.
De acordo com o senador, o dinheiro do empréstimo foi utilizado para comprar uma bezerra e ajudar um primo.
As denúncias contra Roriz ganharam um elemento extra a partir da reportagem publicada pela revista "Veja", na qual afirma que Roriz teria utilizado parte dos R$ 2,2 milhões para subornar juízes do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Distrito Federal em processo contra ele nas eleições do ano passado.
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