Investigação contra Renan no Conselho de Ética do Senado está indefinida
A reunião que estava prevista para a tarde desta terça-feira ainda não foi confirmada. A previsão era discutir o processo contra Renan. Porém, como Quintanilha devolveu o caso à Mesa Diretora, ainda não sabe se o encontro será realizado.
Renan é acusado de usar recursos da construtora Mendes Junior para pagar despesas pessoais, como a pensão e aluguel da jornalista Monica Veloso, com quem o senador tem uma filha.
Aliado de Renan, Quintanilha abriu uma nova crise no conselho, que já perdeu dois relatores e um presidente. O primeiro relator, Epitácio Cafeteira (PTB-MA), pediu afastamento por problemas de saúde. O segundo, Wellington Salgado (PMDB-MG), renunciou menos de 24 horas depois de assumir a relatoria em protesto ao adiamento do relatório para aprofundamento das investigações.
Pressionado pelo grupo de Renan. o primeiro presidente do conselho, Sibá Machado (PT-AC), renunciou criticando a oposição. Quintanilha, que o substituiu, convidou Renato Casagrande (PSB-ES) para a relatoria, mas o desconvidou depois do pessebista sinalizar independência e vontade de levar as investigações contra Renan adiante.
A manobra irritou senadores da oposição e "independentes" e acirrou os ânimos dentro do Conselho de Ética do Senado. O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), chamou a decisão de Quintanilha de 'afronta, ousadia e provocação' aos demais integrantes do Conselho de Ética.
'Ele tomou atitude de devolver à Mesa sem amparo regimental, para que o investigado [Renan] assumisse o comando das investigações. O Conselho de Ética não pode aceitar isso. O conselho deve exigir do presidente uma reunião para apreciação do seu gesto e retificação de sua atitude, se for o caso', disse Agripino.
Quintanilha afirma, em nota oficial, que solicitou parecer à consultoria jurídica do Senado para evitar que processo seja questionado no futuro.
O presidente do conselho afirma, em nota oficial, que solicitou parecer à consultoria jurídica do Senado para evitar que processo seja questionado no futuro.
A manobra irritou senadores da oposição e "independentes" e acirrou os ânimos dentro do Conselho de Ética do Senado. O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), chamou a decisão de Quintanilha de 'afronta, ousadia e provocação' aos demais integrantes do Conselho de Ética.

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