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Um mês depois, impasse sobre Renan aumenta
A decisão do presidente do Conselho de Ética do Senado, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), de devolver à Mesa Diretora o processo contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), aumentou o impasse em torno da investigação, aberta há pouco mais de um mês. Nenhum senador aposta qual será o futuro do processo.
Com o processo em mãos, a Mesa poderá arquivá-lo, devolver ao conselho ou até mesmo remetê-lo ao Supremo Tribunal Federal (STF), como querem aliados de Renan. Já a oposição e senadores da base do governo aumentarão a pressão para Renan deixar o cargo, além de tentar reverter a decisão de Quintanilha. Um relatório que pede o arquivamento do caso chegou a ser lido no mês passado, mas até agora não há consenso sobre sua votação. Desde o início do processo, em 31 de maio, dois senadores assumiram a relatoria e a deixaram. Epitácio Cafeteira (PTB-MA), autor do relatório favorável a Renan, pediu licença por motivos de saúde. Em seu lugar, foi escolhido Wellington Salgado (PMDB-MG), que desistiu da função menos de 24 horas depois de assumi-la.
Uma perícia da Polícia Federal foi feita em cima de documentos apresentados por Renan, acusado de receber ajuda de um lobista para pagar pensão à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha de 3 anos. A análise da PF não foi conclusiva. O Conselho de Ética ouviu ainda dois depoentes neste período: o lobista Cláudio Gontijo, e o advogado Pedro Calmon Filho, que defende a jornalista Mônica Veloso.
Logo depois da perícia e dos depoimentos, foi a vez do então presidente do Conselho de Ética, Sibá Machado (PT-AC), renunciar ao cargo. Pressionado a ajudar Renan e sem encontrar um senador disposto a assumir a relatoria , Sibá deixou não só a presidência como também o próprio conselho.
Renan, então, articulou para eleger alguém do PMDB para o cargo. O escolhido foi Quintanilha, eleito na semana passada com apoio dos integrantes da base do governo, derrotando o tucano Arthur Virgilio (PSDB-AM). Ao assumir a presidência na noite de quarta (27), Quintanilha anunciou publicamente um convite a Renato Casagrande (PSB-ES) para ficar com a relatoria.
O convite, porém, foi desfeito no dia seguinte. Em reunião com a tropa de choque de Renan, Casagrande avisou que não estava disposto a defender o arquivamento do processo. Aliados do presidente do Senado, então, definiram com Quintanilha a estratégia: pedir uma consulta jurídica sobre possíveis falhas no processo e nomear o relator somente depois do resultado desse parecer.
O parecer foi entregue a Quintanilha nesta segunda e apontou, pelo menos, duas falhas processuais. Em cima disso, o presidente do conselho, sob o aval dos aliados de Renan, devolveu o processo à Mesa Diretora.
Agora, o caso depende de uma reunião dos integrantes da Mesa. Além de Renan, outros seis senadores a integram e não há qualquer previsão de quando a Mesa se reunirá.
Irritados com a postura de Quintanilha, integrantes do conselho prometem reagir nesta terça, pedindo não só que a decisão seja revertida, como insistir no afastamento de Renan da presidência do Senado. Versão para impressão Enviar por e-mail Receber newsletter
Com o processo em mãos, a Mesa poderá arquivá-lo, devolver ao conselho ou até mesmo remetê-lo ao Supremo Tribunal Federal (STF), como querem aliados de Renan. Já a oposição e senadores da base do governo aumentarão a pressão para Renan deixar o cargo, além de tentar reverter a decisão de Quintanilha. Um relatório que pede o arquivamento do caso chegou a ser lido no mês passado, mas até agora não há consenso sobre sua votação. Desde o início do processo, em 31 de maio, dois senadores assumiram a relatoria e a deixaram. Epitácio Cafeteira (PTB-MA), autor do relatório favorável a Renan, pediu licença por motivos de saúde. Em seu lugar, foi escolhido Wellington Salgado (PMDB-MG), que desistiu da função menos de 24 horas depois de assumi-la.
Uma perícia da Polícia Federal foi feita em cima de documentos apresentados por Renan, acusado de receber ajuda de um lobista para pagar pensão à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha de 3 anos. A análise da PF não foi conclusiva. O Conselho de Ética ouviu ainda dois depoentes neste período: o lobista Cláudio Gontijo, e o advogado Pedro Calmon Filho, que defende a jornalista Mônica Veloso.
Logo depois da perícia e dos depoimentos, foi a vez do então presidente do Conselho de Ética, Sibá Machado (PT-AC), renunciar ao cargo. Pressionado a ajudar Renan e sem encontrar um senador disposto a assumir a relatoria , Sibá deixou não só a presidência como também o próprio conselho.
Renan, então, articulou para eleger alguém do PMDB para o cargo. O escolhido foi Quintanilha, eleito na semana passada com apoio dos integrantes da base do governo, derrotando o tucano Arthur Virgilio (PSDB-AM). Ao assumir a presidência na noite de quarta (27), Quintanilha anunciou publicamente um convite a Renato Casagrande (PSB-ES) para ficar com a relatoria.
O convite, porém, foi desfeito no dia seguinte. Em reunião com a tropa de choque de Renan, Casagrande avisou que não estava disposto a defender o arquivamento do processo. Aliados do presidente do Senado, então, definiram com Quintanilha a estratégia: pedir uma consulta jurídica sobre possíveis falhas no processo e nomear o relator somente depois do resultado desse parecer.
O parecer foi entregue a Quintanilha nesta segunda e apontou, pelo menos, duas falhas processuais. Em cima disso, o presidente do conselho, sob o aval dos aliados de Renan, devolveu o processo à Mesa Diretora.
Agora, o caso depende de uma reunião dos integrantes da Mesa. Além de Renan, outros seis senadores a integram e não há qualquer previsão de quando a Mesa se reunirá.
Irritados com a postura de Quintanilha, integrantes do conselho prometem reagir nesta terça, pedindo não só que a decisão seja revertida, como insistir no afastamento de Renan da presidência do Senado. Versão para impressão Enviar por e-mail Receber newsletter
Fonte:
G1
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/218771/visualizar/
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