Matrinxã de 8 kg é fisgado no Rio Arinos, em São José do R. Claro

Um fabuloso exemplar de Matrinxã foi pescado este final de semana (16) no Rio Arinos, em São José do Rio Claro. O peixe impressiona pelo seu tamanho (71 cm) e peso. Ouvida a maioria dos pescadores de São José do Rio Claro, não se tem notícia de um exemplar com essas dimensões, principalmente porque não foi pescada em anzol de galho ou em espinhel.

A curiosidade neste caso é que foi preparado o material para a pesca de jaú, com a utilização de linha 0,50mm e isca de minhocuçu. A vara foi colocada em um porta-varas no tablado onde os pescadores se encontravam, com chumbada pesada de fundo. Madona, um dos pescadores, viu um leve movimento da vara e foi dar uma olhada, imaginando ser um pequeno peixe comendo a isca. Uma grande surpresa ao ter a vara envergada, tendo o peixe dado um grande arranque, quebrando naquele momento a manivela do molinete. Acudido pelos companheiros terminaram de retirar o peixe pela linha até o barranco, onde foi capturado com um coador.

A moçada que participou da pescaria agora tem história para contar por muito tempo: José Dias (Banco Brasil), Marcos Rogério da Silva (Madona), José Amadeo Maschio (Zé Pecuaril), o Dentista Jorge Slavik e Décio Ferdinando (Gazin) estão sorrindo de orelha a orelha.

A espécie Matrinxã (Brycon sp.), é um peixe da família Characidae, encontrado nas Bacias Amazônica e Araguaia-Tocantins. Hoje, essa espécie rompeu os limites de seu berço de origem e pode ser encontrada em pisciculturas e lagos de pesca de todos estados brasileiros, com exceção da região sul. Apesar da transferência de espécies entre diferentes bacias não ser benéfica, um fator produtivo está justamente no hábito reprodutivo desses peixes. Por realizar migração reprodutiva (são reofílicos), não conseguem se reproduzir fora do ambiente natural e as desovas precisam ser induzidas mediante a aplicação de hormônios É considerado um peixe onívoro, pois sua alimentação vai desde pequenos outros peixes, como frutas, insetos e minhocas.