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Nacional
Segunda - 22 de Abril de 2013 às 14:11

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O número de menores infratores na região de São Carlos e Ribeirão Preto (SP) subiu 63% entre 2008 e 2012, segundo dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP). A alta superou a média do estado, que foi de 61%, e da capital, 36%. O estudo também revelou que a maioria dos crimes tem ligação com o tráfico de drogas.

Na última quinta-feira (18), por exemplo, um adolescente de 16 anos foi apreendido em Porto Ferreira com 1,5 quilo de droga, além de material para embalagem. Ele tentou fugir por um rio, mas foi localizado do outro lado da margem.

Segundo o capitão Luiz Alberto de Almeida da Polícia Militar de São Carlos, além do tráfico de drogas, furtos e roubos são os crimes mais comuns. “O perfil de um menor infrator é ser de classe baixa, ter baixa escolaridade, família desestruturada e grande parte dos aprendidos são reincidentes”, explicou.

Um pai que não quis se identificar contou que o filho dele está em cumprimento de medida sócioeducativa. O jovem de 16 anos foi apreendido quando roubava aparelhos eletrônicos de uma casa, junto com outro adolescente de 14 anos. “Eles levaram alguns objetos da casa, praticaram o furto para vender e ganhar dinheiro para comprar drogas, porque são viciado", lamentou.

Aumento de menores infratores é maior no interior do que na capital, aponta SSP (Foto: Reprodução/ EPTV)Aumento de menores infratores é maior no interior
do que na capital (Foto: Reprodução/ EPTV)

Capital
A pesquisa da SSP apontou ainda que o aumento de menores infratores é maior no interior do que na capital. Para o sociólogo José dos Reis Filho, o fato pode estar relacionado ao crescimento das cidades médias. “Existem várias hipóteses: a primeira relativa ao crescimento populacional e a segunda pode ser o aumento da riqueza no interior, que serve de atrativo para a criminalidade”, analisou.

De acordo com o sociólogo, na capital o envolvimento de menores com o crime já é realidade há várias décadas, por isso as ações de combate estão mais consolidadas e a taxa é menor. “Nas cidades do interior são mais recentes, desta forma, as políticas públicas voltadas para jovens são também menos maduras do que as da capital. Se o jovem tivesse ocupação, por exemplo, em cultura, ele teria muito menos tempo e vontade de uma ligação com a criminalidade”, afirmou.






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