Superávit cai em junho e cresce no semestre

A balança comercial brasileira apresentou superávit de US$ 3,81 bilhões em junho, informou nesta segunda-feira (2) o Ministério do Desenvolvimento. Isso representa uma queda de 6,8% em relação ao mesmo mês de 2006, quando a diferença entre exportações e importações foi positiva em US$ 4,09 bilhões.

Apesar da queda do dólar, o superávit comercial teve aumento no primeiro semestre de 2007: subiu para US$ 20,66 bilhões, com alta de 5,7% frente ao mesmo ao mesmo período de 2006 (US$ 19,54 bilhões). Apesar do bom resultado, as importações ainda têm crescido mais que as exportações. A taxa de crescimento das vendas externas foi de 19,9% no primeiro semestre, enquanto que as compras do exterior avançaram 26,6%.

Para 2007, os analistas ainda não prevêem superávit recorde por causa do aumento expressivo das importações - resultado da queda do dólar neste ano. Em 2006, o superávit comercial foi o maior da história, somando mais de US$ 46 bilhões. O mercado financeiro estima um superávit da balança comercial de US$ 42,2 bihões, enquanto o Banco Central projeta um saldo positivo de US$ 40 bilhões.

Recordes

Mesmo com a queda, tanto as importações quanto as exportações foram recorde no mês passado - considerando o conceito de média por dias úteis, conceito considerado mais apropriado por especialistas. Em termos absolutos, porém, os recordes não foram batidos em junho, pelo fato de o mês passado ter registrado somente 20 dias úteis.

Em junho, as exportações somaram US$ 13,199 bilhões, com média diária de US$ 656 milhões. Já as importações totalizaram US$ 9,3 bilhões, com média de US$ 465 milhões por dia. Pela média diária, o recorde anterior de exportações foi em julho de 2006 (US$ 650 milhões) e o de importações em maio deste ano (US$ 444 milhões). Em valores para o mês fechado, o recorde de vendas ainda é agosto de 2006, com US$ 13,67 bilhões, e de importações em maio deste ano, com US$ 9,78 bilhões.

Os resultados da balança comercial não têm sido unifomes no decorrer de 2007. Em janeiro, foi registrado um superávit de US$ 2,51 bilhões, com queda de 11,1% frente ao mesmo mês do ano anterior; em fevereiro, houve crescimento de 3,4% no saldo, para US$ 2,91 bilhões; em março, o resultado comercial teve recuo de 9,1%, para US$ 3,35 bilhões; em abril e maio, a balança se recuperou, com crescimentos de 35,7% e 28,2%, para US$ 4,19 bilhões e US$ 3,86 bilhões, respectivamente.