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Politica Brasil
Segunda - 02 de Julho de 2007 às 10:44

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O Conselho de Ética do Senado se reúne nesta terça-feira para discutir o processo por quebra de decoro parlamentar contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Renan é acusado de receber dinheiro do lobista Cláudio Gontijo, da construtora Mendes Júnior, para pagar pensão e aluguel à jornalista Mônica Veloso, com quem o presidente do Senado tem uma filha.

Alguns senadores preparam contra-ataque à tentativa de aliados de Renan de enterrar o processo. Eles querem o encaminhamento do caso para o STF (Supremo Tribunal Federal) ou a devolução à Mesa Diretora, que começaria tudo de novo.

O grupo ainda não deverá aceitar o parecer, que será apresentado amanhã, encomendado pelo presidente do conselho, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), à consultoria jurídica do Senado.

Também nesta terça-feira, o PSDB deve pedir o afastamento imediato de Renan da presidência do Senado. Na última semana, a legenda defendeu o afastamento de senadores do PMDB de cargos de comando do Conselho de Ética da Casa.

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), argumenta que nenhum parlamentar do partido de Renan deve estar à frente das investigações sobre o presidente da Casa.

"O ideal é afastar qualquer solução doméstica. Teria de ser afastado momentaneamente dos postos diretivos do conselho qualquer senador ligado ao partido do presidente Renan", disse Virgílio.

Quintanilha foi eleito presidente do conselho na última quarta-feira, em disputa com o próprio Virgílio. Ele substituiu o senador Sibá Machado (PT-AC), que renunciou ao cargo em meio ao impasse político para a escolha do relator do processo --Epitácio Cafeteira (PTB-MA) e Wellington Salgado (PMDB-MG) deixaram a relatoria do caso. O relatório de Cafeteira, afastado por motivos de saúde, sugere o arquivamento das denúncias contra Renan.

Virgílio convocou reunião da bancada do PSDB para amanhã com o objetivo de discutir a crise no caso do presidente do Senado.

O DEM já pediu oficialmente que Renan se licencie do cargo até que as investigações do Conselho de Ética estejam concluídas. O PSDB vinha adotando uma postura mais cautelosa em relação às denúncias, mas endureceu o tom depois que Virgílio saiu derrotado nas eleições para a presidência do conselho.

Com Folha de S.Paulo





Fonte: Folha Online

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