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Nacional
Segunda - 22 de Abril de 2013 às 11:41
Por: Josmar Leite

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Julgamento de réu começou na manhã desta segunda (22), em Canoas (Foto: Josmar Leite/RBS TV)Julgamento de réu começou na manhã desta segunda (22), em Canoas (Foto: Josmar Leite/RBS TV)


O julgamento do homem que responde por tentativa de homicídio qualificado e pelo cárcere privado da ex-companheira e de seus dois filhos por mais de 69 horas em Canoas, em 2010, ocorre nesta segunda-feira (22) na cidade da Região Metropolitana de Porto Alegre. O júri popular, segundo o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, é presidido pela juíza Lourdes Helena Pacheco da Silva, da 1ª Vara Criminal de Canoas.

O vigilante Rodrigo Luciano Luz, de 34 anos, chegou ao Fórum de Canoas conduzido por agentes da Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe). Ele está preso desde que se entregou à polícia. Pela manhã, seis jurados foram sorteados. Eles ouvirão o depoimento da vítima, de testemunhas, e o interrogatório do réu.

 

Segundo a denúncia do Ministério Público, às 23h do dia 12 de fevereiro de 2010, Luz entrou na residência da ex-companheira armado e manteve ela e seus filhos (um menino de 11 anos e uma menina de sete anos, à época) em cárcere privado. Até ser libertada, às 20h30 da noite de 15 de fevereiro, a mulher foi agredida e estuprada repetidas vezes.

Rodrigo Luz responde ainda pela aquisição e adulteração de chassi do carro roubado utilizado na noite do crime e pela tentativa de homicídio do namorado da irmã da vítima. Juntamente com integrantes da Brigada Militar, ele tentou entrar na casa onde a família era mantida. Recebidos a tiros pelo homem, o cunhado da vítima acabou ferido, segundo o TJ.

O réu está atualmente recolhido no Presídio Central, em Porto Alegre. O julgamento pelo Tribunal do Júri foi inicialmente marcado para o dia 2 de abril de 2012. No entanto, foi adiado. A defesa solicitou exame de insanidade mental. O laudo feito pelo Instituto Penal Forense (IPF) atestou que o réu tem plenas capacidades mentais de responder pelas acusações. A defesa impugnou o resultado e nova avaliação foi realizada pelo IPF, tendo a mesma conclusão.

Advogado tenta absolvição
O advogado do réu, Valdir Jung, disse em entrevista à Rádio Gaúcha na manhã desta segunda, antes do julgamento, que vai requerer absolvição. "Vamos requerer a absolvição, demonstrando com as provas dos autos que ele não cometeu tentativa de homicídio, e vamos requerer a desclassificação da tentativa de homicídio para lesão corporal", afirmou. Jung ainda contesta o resultado dos exames do IPF. Ele tem laudos que atestam perturbação mental de seu cliente. "Mostra que ele tinha perturbação mental. Já vinha fazendo tratamento, em 2009 ele tentou suicídio. Ele estava sob violenta emoção", completou.

O advogado estima que o julgamento se encerre entre 18h e 20h desta segunda.






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