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Politica Brasil
Sexta - 29 de Junho de 2007 às 18:25

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Moscou - A Venezuela mantém negociações com a Rússia para adquirir cinco submarinos de propulsão a diesel, assim como armamento aéreo, revelou hoje Innokenti Naletov, conselheiro da agência pública russa de armamento Rosoboronexport. O presidente venezuelano, Hugo Chávez, confirmou hoje a um grupo de deputados russos que seu governo está negociando a compra de cinco submarinos russos para "defender a revolução venezuelana", segundo informações divulgadas pela agência de notícias Ria-Novosti. Chávez disse que os Estados Unidos ameaçam constantemente a Venezuela, então seu país precisa dos submarinos, disse a deputada Elena Drapeko à Ria-Novosti.

O governo venezuelano está interessado nos submarinos do tipo 636 Kilo-class, de última geração. Ele é silencioso, tem capacidade para disparar até quatro mísseis com até 220 quilômetros, é equipado com 18 torpedos e 24 minas e pode navegar sem subir à superfície por 45 dias. O preço unitário desses submarinos não foi divulgado. Chávez, que deve visitar amanhã uma fábrica de helicópteros em Rostov on Don (1.200 quilômetros ao sul de Moscou), estaria interessado em um sistema de defesa antiaéreo, segundo fontes citadas pela imprensa russa. O sistema tem capacidade para interceptar mísseis a longas distâncias, de até 300 quilômetros, informou hoje o diário Vedomosti.

A corrida armamentista da Venezuela tem despertado críticas dos EUA e inquietude de alguns de seus vizinhos. Nos últimos 18 meses, a Venezuela comprou 53 helicópteros e 24 aviões Sukhoi-30, além de 100 mil fuzis Kalashnikov, com um gasto estimado em US$ 3 bilhões. Em declarações na Câmara de Comércio e Indústria, Chávez também pediu aos empresários russos que invistam na Venezuela, especialmente na faixa petrolífera do Rio Orinoco, uma das maiores reservas de petróleo do mundo. Segundo Chávez, os EUA levaram todo o petróleo que puderam da Venezuela, "como o Conde Drácula". "O vampiro sugando as riquezas do país e secando o país."

A Lukoil, a maior empresa petrolífera privada russa, promete investir na Venezuela, mas nega que vá substituir as petrolíferas americanas ExxonMobil e ConocoPhillips, que abandonaram o país no começo da semana. Chávez pediu às empresas russas que invistam na construção de um gasoduto de mais de 8 mil quilômetros (até a Argentina) e desenvolvam as minas de ouro e outras indústrias.




Fonte: AE-AP

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