PR já testa Pagot e Sachetti para governador em 2010
Para manter as pretensões políticas, ambos, que já vivem rota de colisão, têm dois grandes desafios que vão servir de teste. Sachetti precisa, primeiro, garantir sua reeleição nas urnas de 2008. Se for derrotado, pode enterrar o projeto de disputar o Palácio Paiaguás. Já Pagot está prestes a ocupar a cadeira de diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit), que tem um orçamento de R$ 12 bilhões. Se conseguir fazer uma boa gestão, ganhará visibilidade eleitoral e passo importante para suceder Maggi. A expectativa é que Pagot destrave obras macro que há décadas vêm sendo reivindicadas pelos mato-grossenses, como a pavimentação das rodovias BR-163 (Cuiabá-Santarém) e 158 (Araguaia), além da hidrovia Paraguai-Paraná. Por outro lado, se não tiver o nome aprovado na sabatina do Senado, marcada para 4 de julho, Luiz Pagot, também pode esquecer o sonho de ser governador. Ficará desmoralizado politicamente.
Entre Sachetti e Pagot, Maggi optaria hoje pelo apoio à pré-candidatura do primeiro. Empresário, Sachetti conduz a Prefeitura de Rondonópolis com mão de ferro. Enfrenta desgaste político por ter adotado medidas austeras e antipopulares. Mas, sob a ótica empresarial, o seu estilo agrada o governador. Além disso, ambos são amigos pessoais e do mesmo ramo na iniciativa privada. Já Pagot, mesmo com autonomia recebida enquanto foi secretário, é tratado por Maggi como um empregado.
O PR conta, então, com um prefeito que enfrentará uma eleição difícil em Rondonópolis. Tem opositores fortes, como os deputados estaduais Percival Muniz (PPS), ex-prefeito, e também o peemedebista Zé do Pátio, derrotado em 2004 por uma pequena diferença. Enquanto isso, o outro republicano Pagot, com seu estilo trator, vive momentos de tensão para conquistar o cargo federal.
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