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Politica Brasil
Domingo - 21 de Abril de 2013 às 21:46
Por: LAÍSE LUCATELLI

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A possibilidade de Pedro Taques (PDT) se candidatar ao Governo do Estado em 2014 pode ser naufragada pela direção nacional do PDT, que está empenhado em manter a aliança com o Governo de Dilma Rousseff (PT) –, que não vê a atuação de Taques no Senado com bons olhos. ]

 
 
A avaliação é do prefeito de Rondonópolis (212 km ao Sul de Cuiabá), Percival Muniz, um dos principais líderes do recém-criado Mobilização Democrática (MD). 



 
“Eu falei para o Pedro Taques que ele não tem segurança na direção nacional do PDT quanto à candidatura dele, porque a direção nacional está dentro do governo Dilma. Como vai apoiar um candidato que é um projeto alternativo? Eles vão enquadrar, vão dizer que algum fulano que é da base é bom para apoiar, que o Blairo [Maggi] é bom. Não vão querer lançar o Taques”, analisou Percival.

 
 
O prefeito defende que Taques aproveite a janela eleitoral de 30 dias após a criação do partido para se filiar ao MD, onde ele teria apoio irrestrito. “Se ele quiser ser candidato, pode ir para o MD. No nosso partido, ele tem apoio nacional irrestrito. Se ele continuar no PDT, ele só vai conseguir passar segurança da candidatura dele para governador quando encerrar a convenção. E aí haverá pouco tempo para montar uma estrutura de campanha”, acredita.

 
 
“Ninguém consegue construir projeto político assim. Dentro do PDT, que está na base do governo, e não tem estabilidade para se candidatar. E se ele falar que vai ser candidato e depois não consegue sair, porque a Dilma ou o Lula não deixaram? Ele precisa ter essa segurança”, completou.

 
 
Percival observou que, ao contrário de Blairo Maggi (PR), outro potencial candidato do governo em 2014, Taques não possui amplo apoio político e grande estrutura para fazer campanha no interior do Estado. Desse modo, ele precisaria começar a viabilizar sua candidatura desde cedo, para fazer frente a outros candidatos com maior poderio. 

 
 
“O que o Taques tem é a bola da vez. Ele não é um cara que possui uma estrutura grande, como o Blairo, para bancar uma campanha sozinho. O Blairo tem um grupo político com dezenas de prefeitos para bancar a campanha ele. O Pedro tem a história dele e a atuação brilhante que ele está fazendo”, comparou.

 
 
“Não preciso da Dilma”



 
Pedro Taques, por sua vez, descarta mudar de partido, se disse “confortável dentro do PDT” e não demonstra preocupação que a aliança nacional da sigla possa afetar sua eventual candidatura nas próximas eleições. 

 
 
“Em 2010, estávamos na mesma situação e não houve problema algum. O PDT nacional apoiou a presidente Dilma e aqui não tivemos o apoio dela, porque ela apoiou os candidatos do governador Silval Barbosa (PMDB), que eram o Carlos Abicalil (PT) e o Maggi. Nem por isso eu perdi a eleição”, minimizou.

 
 
“A disputa de 2014 será debatida em 2014. Eu não fujo ao meu destino, e não me preocupo com esse tipo de apoio. Para mim, o mais importante é o apoio do cidadão eleitor. Não existe a verticalização das eleições. O PDT é um partido histórico, e não é um puxadinho do PT”, disse.

 
 
O senador ressaltou, também, que o apoio do PDT à reeleição de Dilma Rousseff não está definido. “Eu fui contra a permanência do PDT no Ministério do Trabalho, mas a maioria do PDT entendeu que deveríamos ficar. Isso em função do apoio dado à presidente em 2010. Não há nenhum acordo para 2014. Disseram com todas as letras na convenção que a assunção de Manoel Dias ao ministério não significa apoio à candidatura da presidente Dilma à reeleição”, afirmou.





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