PTC representa contra deputado acusado de mandar matar colega parlamentar
Na representação, o PTC afirma que Willian e Oliveira, que pertencem à Igreja Evangélica Quadrangular, foram amigos por 20 anos. De acordo com o documento remetido ao conselho, os dois se desentenderam porque "Oliveira teria ficado furioso com Willian por tê-lo complicado na Receita".
O conselho deve notificar Oliveira amanhã, quando será estabelecido prazo de cinco sessões para ele se explicar. O parlamentar disse que prepara sua defesa.
"Vou lá [no Conselho de Ética] me defender, dizer que não há nada de verídico em tudo isso. Vou apresentar as provas necessárias", afirmou ele.
Ontem, a denúncia de morte encomendada foi parar na tribuna da Câmara. Os dois deputados falaram para o plenário lotado que acompanhou atentamente cada discurso. Por ordem do presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), foi criada a comissão que terá 60 dias para concluir as investigações. Os trabalhos serão coordenados pelo corregedor-geral da Câmara, Inocêncio Oliveira (PTB-PE).
Para Inocêncio, o caso é "gravíssimo". Ele lembrou que, em fevereiro, os dois parlamentares também entraram choque e por pouco não trocaram socos. De acordo com Willian, Oliveira ameaçou bater nele.
Segundo o deputado ameaçado, ele disse ter sido informado por um policial civil de São Paulo que, por telefone, contou que havia sido descoberto o plano para matá-lo. De acordo com a polícia, a trama contra Oliveira foi revelada por Odair da Silva, funcionário da Igreja do Evangelho Quadrangular em São Paulo, preso quando conversava com o suposto pistoleiro, que fugiu.
Com eles a polícia disse ter apreendido um cartão de memória com gravações telefônicas que revelariam o plano.
Willian contou a história para os deputados e enviou à Corregedoria Geral da Câmara uma pasta com documentos, na qual disse estarem reunidos dados que mostram detalhes sobre o plano, como observações sobre sua rotina de vida e o endereço da sua. Ele pediu segurança pessoal e para sua família.
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