Advogado contesta promotora sobre quantia encontrada pela PF em casa de Leitão

Advogado do prefeito de Sinop, Nilson Leitão (foto), do PSDB, Marcelo Segura rebateu nesta quarta-feira a informação de que a Polícia Federal teria encontrado R$ 450 mil na casa do tucano quando cumpriu o mandado de prisão decretado contra ele na Operação Navalha, em 17 de maio.

À reportagem do Olhar Direto anteontem, a promotora Laís dos Santos mencionara a quantia encontrada em poder do tucano. Conforme documento que consta dos autos, segundo ela, os policiais encontraram R$ 25 mil, US$ 1 mil e o restante em cheques de valores diversos, somando cerca de R$ 450 mil.

Contudo, Segura rebateu dizendo que o laudo da PF aponta a existência de R$ 25 mil, US$ 1 mil e outros R$ 3 mil em uma bolsa de viagem de Leitão. “Os cheques citados pela promotora são prescritos e nunca foram apresentados ao banco. Nenhum deles possui origem ilícita e todos foram devidamente declarados no Imposto de Renda", afirmou.

O Ministério Público Estadual ajuizou ação civil pública por improbidade administrativa contra o prefeito de Sinop, Nilson Leitão (foto), do PSDB, e mais 11 pessoas, além do Consórcio Xingu (empresas Gautama e Cogente) e da construtora Passarelli.

Segura classificou as acusações como “precipitadas” e "infundadas". “A promotora está demonstrando que quer prejudicar o prefeito", disparou.

A ação movida pelo MPE pede que os acusados paguem R$ 20 milhões aos cofres públicos por danos morais ao município. Trata-se da suposta diferença entre o valor que seria pago à empreiteira Gautama (R$ 46,7 milhões) pela implantação da rede de esgoto em Sinop e o custo estimado sem superfaturamento, abaixo dos R$ 30 milhões.

A promotora Laís dos Santos pediu ainda o afastamento do prefeito do cargo, a cassação do mandato dele e a suspensão dos direitos políticos. Ele é acusado de receber propina de R$ 200 mil para favorecer a Gautama.