PSDB quer disputar presidência do Conselho de Ética do Senado
Virgílio disse que, se eleito, indicará o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) para a relatoria do processo contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que responde a processo por quebra de decoro parlamentar.
"Sugiro que o relator seja o senador Mercadante, dando um amplo direito de defesa ao senador Renan. Nós queremos um trabalho que, seja qual for o resultado, oferece uma saída honrosa para o Senado Federal", afirmou.
O senador tucano disse que o objetivo do partido é promover o "resgate" do Conselho de Ética que vive uma crise interna desde que o senador Sibá Machado (PT-AC) renunciou à presidência do órgão.
Virgílio diz contar com um "número suficiente" de adesões à sua candidatura. O senador está disposto a buscar apoio dentro do próprio PMDB para se eleger presidente do conselho.
"Vou comunicar ao PMDB que teremos um tratamento franco e seremos inflexíveis na busca da verdade", afirmou.
Pelo regimento interno do Senado, a presidência do Conselho de Ética deve ficar com o partido com maior número de senadores na Casa. Neste caso, o PMDB. Virgílio afirmou, no entanto, que não há ninguém que impeça a sua candidatura se conquistar a maioria dos votos no conselho.
"Se eu tiver mais votos, a proporcionalidade é minha. Não há nada que me impeça lançar candidatura", disse.
Para que Virgílio se torne titular do conselho, a mudança tem que ser aprovada pelo plenário do Senado. O PSDB vai tentar colocar em votação já na tarde desta quarta-feira o nome de Virgílio para titular do conselho.
Manobra
O senador negou que esteja participando de uma manobra articulada com o PMDB que, no final das investigações, inocente Renan das denúncias que envolvem a empreiteira Mendes Junior.
Desde que a representação contra Renan foi protocolada no conselho de Ética, o PSDB vem mantendo uma postura cautelosa em relação às denúncias. Enquanto o DEM já defendeu abertamente o licenciamento de Renan da presidência do Senado.
"Em nosso partido não há nenhum franco atirador. Nós não iríamos empenhar nome de nenhum de nós para participar de uma farsa. Não fazemos farsa porque não somos fraudulentos, nem estamos aqui para brincar", afirmou.
O senador disse que o PSDB não tem compromisso com a decisão do DEM de pedir o licenciamento de Renan.
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