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Meio Ambiente
Quarta - 27 de Junho de 2007 às 11:46

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Cientistas das universidades britânicas de Cambridge e Oxford descobriram um novo tipo de células-tronco embrionárias no organismo de ratos muito semelhante às humanas, o que poderia mudar consideravelmente a atual concepção sobre estas unidades microscópicas.

Graças a esta descoberta, divulgada no site da revista científica britânica Nature, será possível - segundo os responsáveis - avançar na pesquisa médica, já que permitirá conhecer um pouco mais as células-tronco embrionárias de gado e de ratos utilizados em laboratório.

As células-tronco embrionárias do epiblasto - região celular interna de onde são extraídas - são o "elo perdido entre as células-tronco embrionárias dos ratos e dos humanos", afirma o professor Roger Pedersen, da Universidade de Cambridge, em nota à imprensa.

Até agora, a comunidade científica acreditava que as células-tronco embrionárias, que podem originar novas células, eram diferentes e não se comportavam do mesmo jeito no organismo humano e no dos ratos.

Segundo os especialistas de Cambridge e Oxford, o que as torna mais parecidas é sua pluripotência, que significa sua capacidade de formar qualquer outro tipo de célula das linhagens embrionária e germinal, assim como do saco vitelino, que produz e transporta nutrientes e oxigênio para o embrião.

"Em nível molecular, estas células-tronco embrionárias se parecem mais com as (células) humanas do que com as dos ratos. As diferenças entre uma e outra, que até agora tinha sido atribuída à diferenciação entre as espécies, podem ser realmente devido aos diferentes estados de desenvolvimento dos quais provêm", diz Pedersen.

Os cientistas observaram que as células do epiblasto nestes roedores se pareciam mais com as células humanas após mais de uma semana desde sua concepção do que quando só tinham se passado três ou quatro dias, conhecida como etapa do blastócito.

"Esta descoberta indica que as células-tronco embrionárias humanas se originam em um estágio de desenvolvimento posterior ao que se acreditava", afirma Richard Gardner, diretor da equipe de cientistas de Oxford.

"O fato de ambos os estudos terem chegado a esta descoberta de forma simultânea é um sinal claro do bom momento da pesquisa sobre células-tronco. Estamos chegando a um ponto no conhecimento deste tipo de célula que deveríamos aproveitar nos próximos anos", acrescenta.

No entanto, esta descoberta não se limita aos ratos: os cientistas da Universidade de Cambridge esperam obter células-tronco do epiblasto de outros animais, como os utilizados nas criações de gado ou ratos propensos a desenvolver diabetes.

"Nosso desejo, ao esclarecer o momento no qual se originam as células-tronco embrionárias humanas, é ajudar a desenvolver a cura para as doenças aos cientistas que estão em contato com este tipo de célula", afirma Pedersen.





Fonte: EFE

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