Para Ciesp, meta de inflação para 2009 indica continuidade de queda do juro
"A decisão do CMN [Conselho Monetário Nacional] se traduzirá na continuidade de uma política que tem como objetivo central o crescimento econômico e do emprego. Os sinais de aceleração da atividade, que ainda não asseguram a sua sustentabilidade, devem ser reforçados, já que a redução da meta de inflação serviria de pretexto para que o Banco Central adotasse novos apertos na política macroeconômica, o que seria altamente indesejável", disse Tabacof, em nota divulgada nesta tarde.
O CMN definiu hoje que a meta de inflação para 2009 será de 4,5% do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, calculado pelo IBGE), a mesma deste ano e de 2008. A margem de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo também continua a valer. Com relação à TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), o BC baixou de 6,5% para 6,25% ao ano.
"O que agora esperamos é o prosseguimento da política de desenvolvimento, não apenas baseada no consumo como atualmente está ocorrendo, mas principalmente no estímulo aos investimentos. A esse posicionamento do governo no que se refere à meta de inflação devem se seguir outros passos, com a continuidade da redução da taxa Selic, de uma reforma tributária verdadeira que reduza o peso dos impostos sobre a produção e um esforço maior para conter a excessiva valorização do real", acrescentou o diretor do Ciesp.
No que se refere à TJLP, Tabacof afirmou que a medida de hoje mostra que o "governo tem a intenção de dar prosseguimento à sua redução, aproximando-a cada vez mais do custo do capital adotado nos países com os quais o Brasil concorre no âmbito global, que ainda são mais baixos do que os praticados no país".
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