Câmara de Vereadores de Cuiabá gasta R$ 75 mil com roupas de grife
As roupas de luxo foram adquiridas pela Mesa Diretora em junho do ano passado, conforme aponta nota fiscal que o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) entregou ao TCE e teria sido fraudada para "esquentar" o gasto efetuado no início da campanha pela qual Chica Nunes se elegeu deputada estadual.
Entre os itens adquiridos pela Câmara estão 15 echarpes, que são peças de tecidos usadas ao redor do pescoço como agasalho ou adorno, 65 gravatas borboletas, 65 saias e blusas de manga curta em gabardine estilo terninho, entre outros. - Veja ao lado reprodução de uma das notas entregues pelo MCCE aos conselheiros do TCE
De acordo com um dos coordenadores do Movimento de Combate à Corrupção, a nota foi fraudada pelas mesmas pessoas que teriam promovido a fraude nos demais documentos entregues ao TCE e amplamente divulgados pela mídia. Outra nota que teria sido emitida pela Empório Comércio e Representações LTDA mostra que a Câmara comprou 50 caixas de refrigerante dois litros. Pagou R$ 29 por cada refrigerante.
O MCCE diz ainda que a nota para compra de roupa supostamente emitida pela MG Representações Ltda foi confeccionada por uma gráfica que não está registrada na Junta Comercial e nem possui CNPJ inscrito na Receita Federal. Isso levantaria a suspeita de que a nota foi clonada.
As compras inusitadas da Câmara mostram ainda que a Mesa Diretora comprou produtos que surpreendem qualquer um: a unidade de suco custou R$ 35. Com isso, 180 caixas do produto representaram despesas de R$ 6,3 mil.
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