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Politica Brasil
Segunda - 25 de Junho de 2007 às 18:09
Por: Marcelo de Moraes

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BRASÍLIA - O PSOL promete colocar nas ruas nesta quarta-feira uma campanha popular, batizada de "Fora Renan", cobrando a saída do presidente do Senado, investigado por supostamente permitir que a empreiteira Mendes Júnior pagasse suas despesas pessoais.

O partido segue agora a mesma estratégia que o partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva usava nas décadas de 80 e 90 para fazer política quando era oposição ao governo federal. Com o discurso centrado no combate à corrupção, o PSOL foi o autor da representação contra Renan, e deve repetir o procedimento contra o senador Joaquim Roriz (PMDB-DF).

O senador é acusado de suposto envolvimento em esquema de desvio de dinheiro do Banco de Brasília (BRB). Ele teria combinado divisão de dinheiro com o ex-presidente do BRB, Tarcísio Franklim de Moura, suspeito de participar de um esquema de desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro, descobertas por meio da Operação Aquarela, da Polícia Federal.

Integrantes do PSOL ainda se surpreendem por cumprirem solitariamente esse papel, estranhando o que chamam de omissão da maioria dos partidos em relação às denúncias de irregularidades.

"Nós do PSOL não desejamos ter esse papel de justiceiros. Gostaríamos de ter muitos partidos ao nosso lado nessas histórias. Mas achamos que é o dever de todo político não se omitir diante de irregularidades, como aconteceu no caso do senador Renan Calheiros. Infelizmente, outros partidos não pensam dessa maneira", afirma o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ).

Alencar admite que se decepciona com o comportamento do PT. "É como se fosse um amigo dileto que se afasta e você fica perguntando notícias sobre ele. E aí descobre que ele anda perdido, se metendo em problemas. Não dá para esconder a decepção de ver que no pedido de abertura da CPI da Navalha na Câmara apenas dois deputados do PT, Paulo Rubens Santiago e Francisco Praciano, aceitaram assinar o pedido. E o PT, historicamente, sempre defendeu a CPI para investigar irregularidades envolvendo empreiteiras. Agora, tudo mudou", lamenta.

O deputado amplia a crítica a outros partidos de esquerda como o PC do B. "Não consigo entender como eles também não apoiaram a CPI da Navalha. O que os impediu? Não dá para entender", critica.




Fonte: Estadão

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