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Criações de Chico Anysio ganham livro com projeto de Ziraldo
Com 76 anos de idade e mais de 60 de carreira, Chico Anysio se deu conta de que sua imensa galeria de personagens vivia no imaginário popular, mas não estava catalogada em um meio duradouro como o livro.
Para resolver esse problema, se juntou a Ziraldo --na verdade, foi pressionado por ele, que acalentava o projeto há anos-- e criou uma enciclopédia ilustrada de suas principais criações, o livro "É Mentira, Chico?".
Recém-lançada por um selo da editora Resultado, a obra é um passeio por 77 personagens clássicos do humor brasileiro, retratados por 40 dos principais cartunistas do país.
"Esse livro é a comprovação de que eu trabalhei muito", diz Chico. "Esse país cresceu me vendo", completa, sem modéstia e, possivelmente, sem equívoco.
O título é uma referência à frase marcante do personagem Pantaleão, que aparece na capa caricaturado por Ziraldo --uma repetição da capa do livro "É Mentira, Terta?", de 1973.
Cada uma das criações catalogadas no livro ganhou uma biografia própria, um texto com uma cena humorística e pelo menos uma caricatura. "Se o Chico morrer, morrem cem personagens com ele, porque a TV não eterniza nada. Vivemos 50 anos com aqueles tipos e eles iam sumir", diz Ziraldo, que escreveu uma introdução e desenhou, além do Pantaleão, o Professor Raymundo.
Bordões
Os que acompanharam pelo menos parte das quase quatro décadas de Chico na TV vão lembrar dos bordões clássicos.
Tipos variados como Bento Carneiro, o vampiro brasileiro ("Minha vingança sará malígrina"), Nazareno ("Ca-la-da!") ou Jovem ("Pô, mãe, eu sou jovem") são tão memoráveis que os trejeitos e as entonações de Chico vêm à mente a partir da leitura dos textos.
Os 77 tipos registrados no livro são os que o humorista conseguiu guardar --na memória ou em arquivo-- entre os mais de 200 que afirma ter criado. Cá estão o galã Alberto Roberto, o corrupto Justo Veríssimo, o gay Haroldo, a apresentadora Neyde Taubaté e o favorito do humorista, o Professor Raymundo Nonato.
Chico diz ter orgulho especial do mestre da "Escolinha do Professor Raymundo" por ter sido quem abriu as portas do rádio e da TV não apenas para ele, mas para gerações de humoristas. "Zé Trindade, Costinha, Mussum, Zilda Cardoso... a "Escolinha" era a maior empregadora desse país."
Cartunistas
"É Mentira, Chico?" também funciona como um "portfolio da caricatura brasileira atual", como define Ricky Goodwin, curador do livro e responsável por selecionar, com Ziraldo, os artistas que ilustrariam a obra.
"Procurei escolher buscando variedade geográfica, de estilos e também cronológica, desde artistas consagrados até revelações novíssimas", diz Goodwin.
E assim há desenhos de Lan, Aroeira, Ique, dos irmãos Caruso, Cárcamo, Loredano. Segundo o curador, a seleção de quem ia desenhar que personagem foi feita por sorteio e houve a decisão de doar todos os direitos autorais resultantes das vendas do livro para o Retiro dos Artistas.
"Só conseguimos fazer o trabalho pelo amor que as pessoas sentem pelo Chico Anysio e o respeito que têm pelo Ziraldo, porque todo mundo trabalhou de graça", diz Goodwin.
Para resolver esse problema, se juntou a Ziraldo --na verdade, foi pressionado por ele, que acalentava o projeto há anos-- e criou uma enciclopédia ilustrada de suas principais criações, o livro "É Mentira, Chico?".
Recém-lançada por um selo da editora Resultado, a obra é um passeio por 77 personagens clássicos do humor brasileiro, retratados por 40 dos principais cartunistas do país.
"Esse livro é a comprovação de que eu trabalhei muito", diz Chico. "Esse país cresceu me vendo", completa, sem modéstia e, possivelmente, sem equívoco.
O título é uma referência à frase marcante do personagem Pantaleão, que aparece na capa caricaturado por Ziraldo --uma repetição da capa do livro "É Mentira, Terta?", de 1973.
Cada uma das criações catalogadas no livro ganhou uma biografia própria, um texto com uma cena humorística e pelo menos uma caricatura. "Se o Chico morrer, morrem cem personagens com ele, porque a TV não eterniza nada. Vivemos 50 anos com aqueles tipos e eles iam sumir", diz Ziraldo, que escreveu uma introdução e desenhou, além do Pantaleão, o Professor Raymundo.
Bordões
Os que acompanharam pelo menos parte das quase quatro décadas de Chico na TV vão lembrar dos bordões clássicos.
Tipos variados como Bento Carneiro, o vampiro brasileiro ("Minha vingança sará malígrina"), Nazareno ("Ca-la-da!") ou Jovem ("Pô, mãe, eu sou jovem") são tão memoráveis que os trejeitos e as entonações de Chico vêm à mente a partir da leitura dos textos.
Os 77 tipos registrados no livro são os que o humorista conseguiu guardar --na memória ou em arquivo-- entre os mais de 200 que afirma ter criado. Cá estão o galã Alberto Roberto, o corrupto Justo Veríssimo, o gay Haroldo, a apresentadora Neyde Taubaté e o favorito do humorista, o Professor Raymundo Nonato.
Chico diz ter orgulho especial do mestre da "Escolinha do Professor Raymundo" por ter sido quem abriu as portas do rádio e da TV não apenas para ele, mas para gerações de humoristas. "Zé Trindade, Costinha, Mussum, Zilda Cardoso... a "Escolinha" era a maior empregadora desse país."
Cartunistas
"É Mentira, Chico?" também funciona como um "portfolio da caricatura brasileira atual", como define Ricky Goodwin, curador do livro e responsável por selecionar, com Ziraldo, os artistas que ilustrariam a obra.
"Procurei escolher buscando variedade geográfica, de estilos e também cronológica, desde artistas consagrados até revelações novíssimas", diz Goodwin.
E assim há desenhos de Lan, Aroeira, Ique, dos irmãos Caruso, Cárcamo, Loredano. Segundo o curador, a seleção de quem ia desenhar que personagem foi feita por sorteio e houve a decisão de doar todos os direitos autorais resultantes das vendas do livro para o Retiro dos Artistas.
"Só conseguimos fazer o trabalho pelo amor que as pessoas sentem pelo Chico Anysio e o respeito que têm pelo Ziraldo, porque todo mundo trabalhou de graça", diz Goodwin.
Fonte:
24 Horas News
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/219976/visualizar/
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