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Marisa Monte conta como viajou o mundo com turnê
O universo particular de Marisa Monte aumentou consideravelmente no último ano. Depois de lançar os discos Infinito Particular e Universo Ao Meu Redor, a cantora foi mais uma vez para a estrada em maio de 2006. Deu a volta ao mundo, em busca de novos ouvidos, e redescobriu o prazer de se sentir uma iniciante ao cantar em lugares onde era pouco mais que uma desconhecida - até então. Do outro lado do planeta, Marisa Monte, que faz 40 anos no próximo domingo, voltou ao próprio passado.
"Era página em branco. Como se eu estivesse lá no Jazzmania, em 1987. E isso é uma coisa que eu não tenho mais no Brasil", constata ela, comparando um show que fez recentemente na Coréia do Sul com sua estréia nos palcos, há 20 anos. Essa "coisa" se chama desafio. No Brasil, e em boa parte das Américas e Europa, o nome de Marisa Monte é familiar há tempos.
"Mas em Seul, a comunidade brasileira não tinha mais que 130 pessoas", explica Marisa. "Aí eu pensei: pronto, quem que vai ver o meu show aqui? E vieram duas mil pessoas. Era um centro cultural lotado e os coreanos lá, muito lindos, emocionados. Pra mim, isso é uma energia de novidade interessante", conta.
Seul, a gigantesca capital da Coréia do Sul, foi uma das cidades a que Marisa nunca havia levado seu show. Em Sydney, na Austrália, ela se apresentou na famosa Opera House (que concorre com o Cristo Redentor para ser uma das sete novas maravilhas do mundo). Na China, conheceu Macau, e Macau conheceu sua música. No Japão, esteve em Tóquio e Nagóia. "Os japoneses aplaudem muito", alegra-se. Para chegar lá teve que dar a volta ao mundo com sua banda. Literalmente.
"Foram 20 dias de viagem para sete shows. Saímos daqui pelo Chile, passamos pela Nova Zelândia, fizemos os shows e voltamos pela Tailândia, de lá para a Inglaterra e então até São Paulo", relata. E brinca: "Eu trabalho muito para cantar um pouco".
Viagens diminuiram ganhos As distâncias imensas encareceram a viagem, o que, logicamente, diminuiu os ganhos da artista. Mas isso não a incomodou. "Eu vou deixar de viver isso? Deixar de fazer um show bacana? Isso é investimento. E é motivador", diz. O que a leva de volta aos desafios. "Eu busco coisas que ainda não fiz. Coisas que me sirvam de motivação pra seguir fazendo música."
Mano Wladimir, seu filho de 4 anos e meio com o músico Pedro Bernardes, é o que ela chama de seu "porto seguro", e foi quem a fez pisar no freio no ritmo da turnê. "Agora não está pesado. Viajo dez dias, fico outros dez em casa... Acho que até agora, em um ano, eu cheguei perto dos 100 shows dessa turnê". Na anterior (do disco Memórias, Crônicas e Declarações de Amor, de 2000), fiz 100 em seis meses", diz. Voltar para casa nunca foi tão importante e necessário. "Filho é um lugar para você voltar e ficar."
Marisa passou 40 dias longe de casa
Ainda assim, Marisa passou 40 dias longe de casa, apresentando-se no Nordeste, e outros 40 na Europa, além dos 20 na Ásia e Oceania. Ao todo, ela visitou 25 países de quatro continentes.
Mais de 280 mil pessoas viram o show que dia 30 estará no Vivo Rio, para uma nova temporada de duas semanas. E a esse show mamãe deverá levar o fi lhote: "Acho que ele acha que todas as mães são cantoras."
Marisa ri do exagero do filho. Ela sabe bem que não há muitas cantoras como ela por aí - que fazem sucesso há 20 anos e têm mais de 10 milhões de discos vendidos em todo o mundo. "Sou muito agradecida à música, que meu deu coisas muito boas na vida", diz.
É na música, também, que ela se refugia do culto à celebridade, mais agressivo hoje do que nunca. "A música está em primeiro plano, não eu. Não acho que o que eu penso, onde eu vou ou não, em quem vou votar, tenha importância, realmente", diz. "Mas quando eu quero sair, ver um show, eu vou. Não entro em paranóia. Deixo o cara tirar a foto e depois digo, 'agora relaxa, toma um chope, vamos ver o show'", brinca.
Relaxada, de bem com a vida, Marisa se afina com todo mundo. "Sou vento a favor, acho que me comunico bem", diz a cantora. Perto dos 40 anos, ela sabe bem quem é. "Acho que já sou uma jovem veterana, né?".
Show mistura repertórios de dois CDs No show Universo Particular, que tem direção musical da própria Marisa Monte, a rotina foi a mesma em quase todas as cidades pelas quais passou: ingressos esgotados e casa cheia.
Nem mesmo em Macau, Seul, Sydney, Tóquio e Nagóia, onde ela ainda não havia ido, a procura foi menor.
O espetáculo combina os repertórios dos discos Infinito Particular e Universo Ao Meu Redor, além de antigos sucessos (como Alta Noite) e canções tribalistas (Carnavália e Passe em Casa). Com ela, apresentam-se Dadi (baixo), Mauro Diniz (cavaquinho), Pedro Baby (violão), Carlos Trilha (teclados ), Marcelo Costa (bateria), Maico Lopes (trumpete), Pedro Mibielli (violino), Marcos Ribeiro (cello) e Juliano Barbosa (fagote).
"Era página em branco. Como se eu estivesse lá no Jazzmania, em 1987. E isso é uma coisa que eu não tenho mais no Brasil", constata ela, comparando um show que fez recentemente na Coréia do Sul com sua estréia nos palcos, há 20 anos. Essa "coisa" se chama desafio. No Brasil, e em boa parte das Américas e Europa, o nome de Marisa Monte é familiar há tempos.
"Mas em Seul, a comunidade brasileira não tinha mais que 130 pessoas", explica Marisa. "Aí eu pensei: pronto, quem que vai ver o meu show aqui? E vieram duas mil pessoas. Era um centro cultural lotado e os coreanos lá, muito lindos, emocionados. Pra mim, isso é uma energia de novidade interessante", conta.
Seul, a gigantesca capital da Coréia do Sul, foi uma das cidades a que Marisa nunca havia levado seu show. Em Sydney, na Austrália, ela se apresentou na famosa Opera House (que concorre com o Cristo Redentor para ser uma das sete novas maravilhas do mundo). Na China, conheceu Macau, e Macau conheceu sua música. No Japão, esteve em Tóquio e Nagóia. "Os japoneses aplaudem muito", alegra-se. Para chegar lá teve que dar a volta ao mundo com sua banda. Literalmente.
"Foram 20 dias de viagem para sete shows. Saímos daqui pelo Chile, passamos pela Nova Zelândia, fizemos os shows e voltamos pela Tailândia, de lá para a Inglaterra e então até São Paulo", relata. E brinca: "Eu trabalho muito para cantar um pouco".
Viagens diminuiram ganhos As distâncias imensas encareceram a viagem, o que, logicamente, diminuiu os ganhos da artista. Mas isso não a incomodou. "Eu vou deixar de viver isso? Deixar de fazer um show bacana? Isso é investimento. E é motivador", diz. O que a leva de volta aos desafios. "Eu busco coisas que ainda não fiz. Coisas que me sirvam de motivação pra seguir fazendo música."
Mano Wladimir, seu filho de 4 anos e meio com o músico Pedro Bernardes, é o que ela chama de seu "porto seguro", e foi quem a fez pisar no freio no ritmo da turnê. "Agora não está pesado. Viajo dez dias, fico outros dez em casa... Acho que até agora, em um ano, eu cheguei perto dos 100 shows dessa turnê". Na anterior (do disco Memórias, Crônicas e Declarações de Amor, de 2000), fiz 100 em seis meses", diz. Voltar para casa nunca foi tão importante e necessário. "Filho é um lugar para você voltar e ficar."
Marisa passou 40 dias longe de casa
Ainda assim, Marisa passou 40 dias longe de casa, apresentando-se no Nordeste, e outros 40 na Europa, além dos 20 na Ásia e Oceania. Ao todo, ela visitou 25 países de quatro continentes.
Mais de 280 mil pessoas viram o show que dia 30 estará no Vivo Rio, para uma nova temporada de duas semanas. E a esse show mamãe deverá levar o fi lhote: "Acho que ele acha que todas as mães são cantoras."
Marisa ri do exagero do filho. Ela sabe bem que não há muitas cantoras como ela por aí - que fazem sucesso há 20 anos e têm mais de 10 milhões de discos vendidos em todo o mundo. "Sou muito agradecida à música, que meu deu coisas muito boas na vida", diz.
É na música, também, que ela se refugia do culto à celebridade, mais agressivo hoje do que nunca. "A música está em primeiro plano, não eu. Não acho que o que eu penso, onde eu vou ou não, em quem vou votar, tenha importância, realmente", diz. "Mas quando eu quero sair, ver um show, eu vou. Não entro em paranóia. Deixo o cara tirar a foto e depois digo, 'agora relaxa, toma um chope, vamos ver o show'", brinca.
Relaxada, de bem com a vida, Marisa se afina com todo mundo. "Sou vento a favor, acho que me comunico bem", diz a cantora. Perto dos 40 anos, ela sabe bem quem é. "Acho que já sou uma jovem veterana, né?".
Show mistura repertórios de dois CDs No show Universo Particular, que tem direção musical da própria Marisa Monte, a rotina foi a mesma em quase todas as cidades pelas quais passou: ingressos esgotados e casa cheia.
Nem mesmo em Macau, Seul, Sydney, Tóquio e Nagóia, onde ela ainda não havia ido, a procura foi menor.
O espetáculo combina os repertórios dos discos Infinito Particular e Universo Ao Meu Redor, além de antigos sucessos (como Alta Noite) e canções tribalistas (Carnavália e Passe em Casa). Com ela, apresentam-se Dadi (baixo), Mauro Diniz (cavaquinho), Pedro Baby (violão), Carlos Trilha (teclados ), Marcelo Costa (bateria), Maico Lopes (trumpete), Pedro Mibielli (violino), Marcos Ribeiro (cello) e Juliano Barbosa (fagote).
Fonte:
O Dia
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/220052/visualizar/
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