Nilton Servo diz que emprestou dinheiro a irmão de Lula
Em entrevista à "TV Morena", afiliada da Rede Globo em Mato Grosso do Sul, e ao jornal "Folha de S. Paulo", Servo diz que não pediu nada em troca do empréstimo, que seria, segundo ele, utilizado por Vavá para pagar dívidas. As declarações do ex-deputado contradizem o irmão do presidente Lula, que havia declarado ter pedido R$ 2 mil.
"Na verdade, ele pediu mais. Pediu de R$ 10 mil a R$ 15 mil, mas emprestei R$ 6 mil", diz, contando ter feito o empréstimo no início do ano. Na entrevista, Servo defende o irmão de Lula. "Vavá nem sabe o que é caça-níquel", diz.
O ex-deputado confirma que trabalhava com caça-níqueis, cerca de 200 máquinas, mas sustenta que possuía liminares que autorizavam a atividade. "Eu não tenho um centavo público na minha vida. Eu não tenho nada ligado com o governo. Eu não dependo de lobby junto ao governo", diz.
"Existem mais de 10 mil pessoas envolvidas nesse negócio no Brasil. Eu não sou chefe de grupo algum. A minha família iniciou tal atividade quando foi implantada a Lei Zico, depois a Lei Pelé, depois a Lei Maguito Vilella, e hoje nós estamos ainda continuando na atividade por uma medida provisória ainda vigente que existe no Brasil, que tem força de lei, que autoriza o funcionamento de bingos e máquinas eletrônicas programadas", afirma.
Ele também nega sociedade em uma casa de jogos em Ilhabela, no litoral paulista. Segundo Servo, Dario Morelli, filiado ao PT e pai de um afilhado de Lula, não tinha nenhuma relação comercial ou sociedade, embora tenha declarado em seu depoimento que recebia R$ 1,5 mil para trabalhar no local.
Sobre a relação com parentes e amizade com o próprio presidente, Sérvio disse que "em março ou abril de 2003" ligou ao presidente para pedir a regularização dos bingos. Lula, disse ele na entrevista, mandou criar uma comissão. Mas o caso Waldomiro Diniz, em 2004, teria deixado "Lula de saia curta": "Lula não é contra os bingos".
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