Pagot abandona estilo trator para chegar ao Dnit
O ex-secretário de Infra-Estrutura, da Casa Civil e de Educação do governo Blairo Maggi começou a ser bombardeado. Foram criados tantos obstáculos no seu caminho, inclusive dentro do próprio governo Lula, que deve chegar ao comando do órgão combalido. Não terá mais a força e autonomia que julgava há cinco meses, quando começou a ter o nome cogitado para o cargo.
O nome do executivo passou pela crivo da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que analisou uma série de dossiês que traziam graves denúncias contra o indicado. Superou a questão técnica, mas esbarra agora em outro problema: o político. Sob risco de ser reprovado na sabatina no Senado, Luiz Pagot reativou as articulações, inclusive junto ao PSDB, legenda que mais se opõe a seu nome.
Pode ser tarde demais. Contra Pagot, já existe até pedido de investigação na Corregedoria do Senado por suposto crime de responsabilidade e falsidade ideológica devido ter exercido, concomitantemente, dupla função (de assessor do Senado e de diretor da empresa Hermasa), o que seria ilegal, e também por não ter incluído no currículo enviado à Comissão de Infra-Estrutura do Senado a dupla função ocupada de 1995 a 2002.
Além da resistência de setores do PSDB, Pagot também enfrenta conspirações dentro do grupo político ao qual pertence. Como assumiu a condição de pré-candidato a governador em 2010, muitas lideranças que têm as mesmas pretensões, tentam frear sua ascensão. Há temor de, uma vez diretor do Dnit, Pagot venha a se destacar e "engolir" antecipadamente eventuais concorrentes ao Palácio Paiaguás.
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