Prefeita afastada de Peixoto Azevedo aguarda julgamento de recurso
Baiana havia ajuizado recurso de agravo de instrumento para que fosse anulada a decisão da juíza Patrícia Cristiane Moreira, da comarca de Peixoto, que determinou seu afastamento enquanto não fosse concluído o processo judicial que apura supostas irregularidades envolvendo 3 ex-secretários municipais, que foram presos e, posteriormente, exonerados. Mas a juíza Clarice Claudino da Silva, do Tribunal de Justiça, negou o primeiro recursos impetrado pela assessoria de Baiana.
A prefeita não quis falar sobre o novo recurso mas disse estar "tranqüila. Sei que isto foi feito por pessoas invejosas e caluniosas", declarou, referindo-se as denúncias. O vice-prefeito Hermenegildo Bianchi (PR) está conduzindo os trabalhos na prefeitura.
Em Abril, o Ministério Público desencadeou operação e apreendeu, na prefeitura, carimbos falsos e de empresas fantas que seriam usados, supostamente, para esquentar licitações, além de notas fiscais de serviços que não teriam sido prestados. 11 pessoas, incluindo empresários, foram presos. O promotor Adriano Alves confirmou que foram descobertas duas contas bancárias para onde eram depositados recursos supostamente desviados e que era operada por um aliado dos 3 ex-secretários presos e exonerados, que era funcionário de uma gráfica em Peixoto. O MP também obteve depoimento que, de uma das contas, era feito repasse mensal de R$ 6 mil para pelo menos dois secretários.
O MP chegou a informar, dias após a operação, que o esquema de fraudes teria sido de R$ 2 milhões e começou em 2005. A prefeita, nos depoimentos, não foi acusada formalmente pelos ex-secretários e demais investigados. Porém, o promotor considerou essencial seu afastamento até a conclusão das investigações, que pode demorar pelo menos mais 4 meses.
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