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Meio Ambiente
Quinta - 21 de Junho de 2007 às 16:17

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O aquecimento global rachou as plataformas de gelo na Antártida e o aumento do número de icebergs surgidos desse processo altera os sistemas ecológicos no entorno, revela estudo publicado na edição desta semana da revista "Science". A pesquisa foi realizada por cientistas da Instituição Scripps de Oceanografia e do Instituto de Pesquisa do Aquário da Baía de Monterey (Mbari).

O estudo detectou, por meio de imagens de satélites, pelo menos mil icebergs, alguns deles de dezenas de quilômetros de diâmetro, em uma superfície de aproximadamente 12.500 quilômetros quadrados.

Existem sobre esses icebergs, criados principalmente a partir da plataforma contígua com o Mar de Weddell, em um raio de mais de quatro quilômetros, grandes comunidades de aves marinhas que os sobrevoam, e um mundo de criaturas contendo clorofila, fitoplâncton, peixes e krill (espécie de pequeno camarão), aponta o estudo.

Os icebergs abrigam material "terrestre" que vai se soltando no mar à medida que se derretem, como resultado do aumento da temperatura marítima ao se aproximarem de regiões mais quentes.

Um resultado do processo é um aumento de quase 40% no que os cientistas classificam como "produtividade biológica" na região do Mar de Weddell, um braço do oceano Atlântico que entra no continente antártico ao sudeste do Cabo Horn.

Segundo Ken Smith, oceanógrafo do Mbari, um resultado dessa maior "produtividade" biológica é que os icebergs podem absorver uma grande quantidade de dióxido de carbono (C02), principal gás causador do aquecimento global.

"Embora o degelo das plataformas antárticas contribua para um aumento nos níveis marítimos e para outra dinâmica da mudança climática, essa função adicional de eliminar o carbono da atmosfera poderia ter implicações nos modelos da mudança climática que precisam ser estudadas com mais detalhes", afirmou Smith.

Para compreender o impacto ambiental dos icebergs, os cientistas realizaram um estudo das massas de gelo utilizando aferições físicas, biológicas e químicas, além de dados e imagens fornecidos pelos satélites da Nasa.





Fonte: EFE

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