Abicalil admite lobby para ‘derrubar’ indicação de Pagot

O líder da bancada de Mato Grosso na Câmara Federal, Carlos Abicalil (PT), classificou o pronunciamento do senador Mário Couto (PSDB-PA) contra o ex-secretário de Estado Luiz Antônio Pagot (PR) de “requentamento” de um assunto ultrapassado. “Isso é um requentamento do PSDB. Rigorosamente, não tem nada de novo”, disse.

Abicalil, que também é responsável pela articulação de apoio à nomeação de Pagot para a direção do DNIT, acusou o ex-senador Antero Paes de Barros (PSDB) de ser novamente o autor de mais um desgaste em relação ao ex-secretário. Contudo, os tucanos não estariam sozinhos na tentativa de barrar a nomeação de Pagot.

Segundo ele, há um lobby no Senado originado por representantes de empresas interessadas na queda de Pagot. “Às vezes há outros interesses, como os empresariais que estão ocultados. O resultado disso é o lobby que fazem para tentar impedir a consolidação desse processo”, destacou. Mesmo admitindo que o processo de nomeação integra um cenário negativo, Abicalil afirmou confiar nas articulações favoráveis à nomeação. “É um assunto fácil de ser resolvido”, disse.

O deputado reiterou ainda que o processo de argüição de Pagot deverá sanar qualquer dúvida em relação à nomeação do ex-secretário. “Na sabatina, o Pagot poderá sanar os questionamentos. Terá condições de se defender sobre uma questão em que ele mesmo já apresentou sua defesa”, disse.

A defesa de Pagot, lida em plenário, foi uma resposta às indagações originadas em requerimento apresentado pela bancada do PSDB no Senado. Parte do grupo dos tucanos afirma que Pagot tinha “duplicidade de funções”, ao trabalhar no Senado e no mesmo período pertencer aos quadros de empresa privada. Ao apresentar os documentos à mesa diretora do Senado, Pagot afirmou ter prestado serviços dentro da legalidade, já que a legislação só mencionaria proibição para ocupação de duas funções em órgãos públicos.