Fagundes alerta Maggi que Pagot será reprovado
Desde janeiro, assim que Lula assumiu o segundo mandato, Luiz Pagot passou a ser cotado para à direção do Dnit, órgão detentor de um orçamento anual de R$ 12 bilhões. Aproveitando-se da afinidade com o presidente, depois de apoiá-lo à reeleição no segundo turno, Maggi sugeriu o nome de Pagot para o Dnit. Lula concordou, principalmente após descobrir que Pagot fez parte da equipe estratégica de campanha junto com a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).
Numa conversa rápida com Pagot, o presidente Lula o orientou a buscar apoio político, inclusive da oposição, para não ser reprovado na sabatina no Senado. Foi a partir daí que Pagot procurou o governador de Minas, Aécio Neves, e também o senador goiano Marconi Perillo, ambos do PSDB.
O problema é que começaram a "pipocar" denúncias e dossiês contra o ex-trator do governo Maggi, incentivadas inclusive por empreiteiras. Entre as acusações está a de que Pagot teria cometido crime de responsabilidade e falsidade ideológica. Primeiro, por ter exercido dupla função ao mesmo tempo, o que seria ilegal. De 1995 a 2002 foi assessor parlamentar do senador Jonas Pinheiro e, concomitantemente, diretor-presidente da empresa Hermasa Navegação da Amazônia, com sede em Manaus. Depois, por ter omitido essa condição no currículo enviado à Comissão de Infra-Estrutura do Senado, a quem cabe avaliar a indicação para o cargo federal.
Articulação
Após o alerta de Fagundes, o governador Maggi decidiu viajar esta quarta para Brasília. Depois de um jantar, pretende procurar o presidente Lula nesta quinta para uma conversa franca sobre a indicação de Pagot ao Dnit. Maggi entende que está havendo boicote, principalmente por parte das grandes empreiteiras, por causa da fama de Pagot de ser agente público "linha dura".
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