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Politica Brasil
Quinta - 21 de Junho de 2007 às 07:26

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O deputado federal Wellington Fagundes (PR) telefonou nesta quarta (20) para o governador Blairo Maggi para avisá-lo que dificilmente o nome de Luiz Antônio Pagot será aprovado na sabatina no Senado com vistas a ocupar o cargo de diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit). Na conversa com Maggi, Fagundes observou que cresceu muito a resistência entre os parlamentares ao nome do ex-secretário de Estado de Mato Grosso. Há suspeita até que o próprio presidente Lula, que em princípio havia referendado o nome do aliado de Maggi, agora tenha se arrependido. Preocupado com a situação, o governador viajou para Brasília.

Desde janeiro, assim que Lula assumiu o segundo mandato, Luiz Pagot passou a ser cotado para à direção do Dnit, órgão detentor de um orçamento anual de R$ 12 bilhões. Aproveitando-se da afinidade com o presidente, depois de apoiá-lo à reeleição no segundo turno, Maggi sugeriu o nome de Pagot para o Dnit. Lula concordou, principalmente após descobrir que Pagot fez parte da equipe estratégica de campanha junto com a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).

Numa conversa rápida com Pagot, o presidente Lula o orientou a buscar apoio político, inclusive da oposição, para não ser reprovado na sabatina no Senado. Foi a partir daí que Pagot procurou o governador de Minas, Aécio Neves, e também o senador goiano Marconi Perillo, ambos do PSDB.

O problema é que começaram a "pipocar" denúncias e dossiês contra o ex-trator do governo Maggi, incentivadas inclusive por empreiteiras. Entre as acusações está a de que Pagot teria cometido crime de responsabilidade e falsidade ideológica. Primeiro, por ter exercido dupla função ao mesmo tempo, o que seria ilegal. De 1995 a 2002 foi assessor parlamentar do senador Jonas Pinheiro e, concomitantemente, diretor-presidente da empresa Hermasa Navegação da Amazônia, com sede em Manaus. Depois, por ter omitido essa condição no currículo enviado à Comissão de Infra-Estrutura do Senado, a quem cabe avaliar a indicação para o cargo federal.

Articulação

Após o alerta de Fagundes, o governador Maggi decidiu viajar esta quarta para Brasília. Depois de um jantar, pretende procurar o presidente Lula nesta quinta para uma conversa franca sobre a indicação de Pagot ao Dnit. Maggi entende que está havendo boicote, principalmente por parte das grandes empreiteiras, por causa da fama de Pagot de ser agente público "linha dura".





Fonte: RD News

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