Déficit da previdência cresce 16,6% em maio

O regime geral de Previdência Social, administrado pelo Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS), registrou um déficit de R$ 3,349 bilhões em maio, o que significou um aumento de 16,6% em relação a abril deste ano e uma redução de 2,3% ante o mesmo mês do ano passado.

De janeiro a maio, o INSS acumulou déficit de R$ 17,507 bilhões. O resultado significa um aumento de 6,5% em relação ao mesmo período acumulado de 2006.

Segundo o secretário de Previdência Social, Helmut Schwarzer, o novo valor do salário mínimo (R$ 380,00) e o reajuste dos benefícios com valores superiores ao mínimo explicam a elevação do déficit nas contas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Pagamentos

As despesas com os pagamentos do INSS somaram R$ 14,19 bilhões em maio, um aumento de 6,3% em relação a igual mês do ano passado. Schwarzer disse que os gastos ficaram um menor que as projeções. "O que é explicado pelo crescimento moderado da quantidade de benefícios", comentou.

Pelo lado da arrecadação, houve um aumento de 9,3% entre maio deste ano e maio do ano passado. Foram arrecadados R$ 10,84 bilhões contra R$ 9,91 bilhões. O secretário atribuiu a melhora ao trabalho de fiscalização e, principalmente, ao aumento das contrações de empregados com carteira assinada.

No acumulado do ano, o déficit do INSS está em R$ 17,5 bilhões, resultado de uma arrecadação de R$ 52,22 bilhões e de uma despesa total de R$ 69,72 bilhões. O déficit no mesmo período do ano passado era 6,5% menor. O secretário destacou que, pela primeira vez, a taxa de crescimento da arrecadação no acumulado do ano (que foi de 10,3%) foi superior à taxa de crescimento dos benefícios (9,3%).