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Politica Brasil
Quarta - 20 de Junho de 2007 às 14:31
Por: Edilson Almeida

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Meio que óbvio, meio que faz parte do discurso e do momento. O senador Jaime Campos, principal liderança do Partido Democratas, o DEM, garante que a sigla não fez acordo para apoiar o nome de Wilson Santos a reeleição. Confirmou apenas que vai ocupar secretarias e ajudar a administrar Cuiabá. Uma delas, em verdade, já está ocupada por Celcita Pinheiro, esposa do senador Jonas Pinheiro. A outra já está negociada para o vereador Deucimar Silva, cuja licença permitirá a entrada de Márcia Campos na Câmara Municipal como vereadora-suplente. Fora disso, diz Jaime Campos o DEM vai ter candidatos em todos os municípios de Mato Grosso.

Campos disse que vem estimulando a sigla a lançar candidatos a prefeito nos 148 municípios e que, portanto, não seria adequado “fechar” entendimentos eleitorais agora. Ainda mais em Cuiabá, cuja aliança teria repercussão em vários municípios. Campos prefere manter cautela e coloca em “stand by” o nome do empresário Anildo Lima Barros – até agora única via apresentada na sigla. Em verdade, a posição expressava por Jaime Campos é uma questão de estratégia política: fechar agora é “vender” barato o partido.

“A nossa participação na administração da Prefeitura não significa que vamos estar juntos lá frente. Pode ser que isso aconteça, mas não tem nada definido ainda” – disse Campos, tentando negar o óbvio. Fontes próximas ao prefeito garante que o entendimento está selado e que deve ser anunciado no tempo certo. O DEM deseja, no entanto, um pouco mais: quer ocupar a vice na chapa da reeleição – o que poderá lhe garantir alguns meses de mandato à frente da Prefeitura na hipótese de Santos buscar algum cargo em 2010.

A situação do DEM em Cuiabá poderia se enquadrar da mesma forma que em Várzea Grande, onde o partido – que Jaime Campos insiste em chamar de ex-PFL e até de PFL – tem participação na administração de Murilo Domingos. Contudo, é diferente. E muito! Lá o entusiasmo é todo pela candidatura de Júlio Campos, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). O próprio senador não conseguiu esconder o desejo de ver o irmão retornando a vida política. Os olhos brilharam. Nas ressalvas, evidentes, lembrou que Campos não pode, como membro do TCE, tratar de questões políticas, mas que, na eventual hipótese de deixar o cargo e filiar-se ao PFL, “ninguém poderá dizer no ex-PFL que ele não pode ser candidato”.

O entusiasmo do senador é tão evidente que ele faz questão de puxar números de uma recente pesquisa de sondagem eleitoral na qual seu irmão aparece com 20% de intenção de votos “sem ao menos poder falar que pode ser candidato”. Campos, o senador, disse que o DEM deverá esperar pela definição do conselheiro. A sinalização deverá acontecer ainda este ano quando Campos definirá se entrará na linha de sucessão de José Carlos Novelli na direção do Tribunal de Contas do Estado.





Fonte: 24 Horas News

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