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Politica Brasil
Quarta - 20 de Junho de 2007 às 13:40

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A reunião do Conselho de Ética do Senado sobre o relatório que pede o arquivamento do processo contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi adiada para as 17h desta quarta-feira (20).

A sessão estava marcada para as 13h30, mas teve de ser transferida porque algumas bancadas de senadores ainda discutem estratégias de votação. O pedido de mudança do horário foi feito pelo senador Renato Casagrande (PSB-ES) e acatado pelo presidente do conselho, Sibá Machado (PT-AC).

Mais cedo, o novo relator do processo contra Renan, Wellington Salgado (PMDB-MG), já havia pedido mudança do horário para as 17h. Mas, naquele momento, Sibá Machado tinha decidido manter a reunião para as 13h30.

Os senadores do PSDB devem tentar convencer Renan a defender o adiamento da votação. O relatório pede o arquivamento do processo contra ele pela acusação de que recebeu ajuda de lobista para pagar pensão à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha de 3 anos.

Segundo o senador Marconi Perillo (PSDB-GO), Renan disse que gostaria que a votação fosse concluída na reunião do conselho nesta quarta. O PSDB avisou ao presidente do Senado que votará pela manutenção das investigações.

A maioria do conselho disse nesta quarta que quer o adiamento da votação do relatório.

Dos 15 votos do Conselho de Ética (o presidente, décimo sexto, só vota em caso de empate), pelo menos oito são favoráveis ao adiamento: três do Democratas, dois do PSDB, Jefferson Peres (PDT-AM), Eduardo Suplicy (PT-SP) e Romeu Tuma (DEM-SP), que tem vaga como corregedor. Outro que sinaliza pelo adiamento é Renato Casagrande.

Relator

Escolhido relator na noite de terça (19), o senador Wellington Salgado (PMDB-MG) disse que não mudará a conclusão do relator anterior, Epitácio Cafeteira (PTB-PB), pelo arquivamento. Salgado admite que há fatos novos após o relatório de Cafeteira, mas afirma que somente um novo processo poderá avaliá-los.

"Fatos novos existem. Não sou débil mental. Mas não tem relação com a primeira ação. Isso é outro processo. Que se faça outra denúncia", disse. Segundo ele, seu relatório deve apenas citar o conteúdo da perícia da Polícia Federal em cima dos documentos de Renan, mas sem alterar o voto de Cafeteira.

Renúncia Renan Calheiros descartou, mais uma vez nesta quarta, renunciar ao seu cargo. Em resposta à sugestão, feita por alguns senadores nos últimos dias, entre eles Pedro Simon, de seu próprio partido, Renan afirmou que é um "homem de luta".

"Ontem, falaram até em renuncia à Presidência. Isso é um absurdo. Só quem não me conhece. Eu sou um homem de luta. Renúncia não existe no meu dicionário", afirmou.





Fonte: G1

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