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Politica Brasil
Terça - 19 de Junho de 2007 às 19:00

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O deputado Alexandre César (PT) realizou audiência pública nesta segunda-feira (18), na Assembléia Legislativa, para divulgar e debater a campanha “Educação não é Mercadoria”, lançada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Mato Grosso (Sintrae) e discutida em todo o país. Durante a audiência foram formalizadas algumas propostas que serão encaminhadas ao Ministério da Educação, dentre elas a que limita o capital financeiro e franquias para as escolas e a que coíbe cursos a distância.

“É uma campanha digna para realçar o caráter da educação no país. Entendo que precisamos ter muita preocupação com essa questão e o Governo deve regulamentar a educação como serviço”, avaliou o parlamentar, explicando também que o debate precisa ser expandido com a sociedade. “Necessitamos urgente de um reforço para preparar nossos jovens para o futuro”, lembrou Alexandre.

Para o secretário estadual de Educação, Ságuas Moraes os indicadores da educação de Mato Grosso estão ruins e abaixo de muitos estados brasileiros. “Economicamente estamos entre os primeiros Estados, mas no que tange a educação, o índice é assustador”, falou Ságuas.

O secretário ressaltou que o Governo do Estado está tentando rever o quadro buscando qualidade para o setor, no entanto adverte que a educação está pior do que imaginava antes de assumir a pasta e cita como uma das possíveis saídas para melhorar o setor é a universalização do ensino fundamental. “Precisamos avaliar e regulamentar o ensino, pois não há como nivelar todas as instituições privadas do país, a regulamentação vem premiar as instituições sérias para a formação de novos profissionais”, destaca Ságuas.

Outro ponto abordado pelo secretário, se refere a qualificação dos professores. Ságuas entende que para melhorar o ensino público no Estado, é preciso formar professores condizentes com a realidade. “O projeto político pedagógico é muito mal elaborado em Mato Grosso. Por isso, estamos trabalhando para reverter essa realidade”, garantiu, ao dizer também que a Seduc vai aguardar até o dia 13 de julho para encaminhar os instrumentos do Plano Estadual de Educação (PEE) à Assembléia Legislativa.

Na avaliação da presidente do Sintrae, Marilane Alves Costa a educação avançou ‘vagarosamente’ nos últimos anos. Ela destacou que nos últimos anos os trabalhadores da educação foram ouvidos pelos Poderes Públicos. “A lei tramita no Congresso, mas até agora não foi sancionada, precisamos discutir a valorização profissional com gestão democrática. A qualidade de ensino ainda é deficiente no país”, disse.

Também a questão da seriedade dos políticos quanto à Educação foi lembrada pela diretora da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (CONTEE), Celina Arias. Ela afirmou que esta campanha vem zelar pela educação no país e que ainda, defende o ensino público e privado.

“Esse slogan (Educação não é Mercadoria) serve para discutir mais a fundo o problema, pois a educação abriga a soberania de um país, ela não é um mercado, e sim um bem para as pessoas”, resumiu, criticando ainda a entrada do capital estrangeiro nas instituições de ensino brasileiro.

A audiência foi realizada em parceria com o Sintrae/MT e a campanha é coordenada pelo Contee. Também estiveram presentes o deputado Chico Galindo (PTB); a pró-reitora do Univag, Elizabete Aguirre; representantes de várias entidades, instituições, sindicalistas e repartições públicas e privadas de Mato Grosso.




Fonte: Assessoria

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