Governadoras mudam estrutura em mandato sem primeira-dama
No Rio Grande do Sul, Yeda aboliu o gabinete da primeira-dama. Criou em seu lugar o Comitê de Ação Solidária, coordenado por sua filha, a psicóloga Tarsila Crusius, 35.
"Não buscamos sinônimos para a primeira-dama. Decidimos criar um gabinete que pudesse ser coordenado por qualquer pessoa ligada ao governador, de preferência com alguma relação pessoal ou familiar, sem ser política", disse Tarsila.
O Comitê de Ação Solidária fica na mesma sala antes ocupada pela primeira-dama. Tarsila não é remunerada pelo Estado e não tem jornada fixa.
A governadora do Rio Grande do Norte, Wilma de Faria, colocou a filha na presidência de órgão de assistência em 2002, quando se elegeu governadora pela primeira vez. Ana Cristina de Faria Maia, 40, ficou no comando da ONG Meios (Movimento de Integração e Orientação Social) até julho de 2005. Saiu porque não conseguiu conciliar seu trabalho como funcionária pública e com a presidência da ONG, que não era remunerada.
A ONG foi criada por Wilma quando foi primeira-dama, de 1979 a 1983. Ao longo de quase 30 anos, poucas primeiras-damas atuaram na ONG. "Há muitas primeiras-damas que são apenas figura decorativa", disse o padre Antônio Nunes de Araújo, presidente da entidade.
A governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, solteira e sem filhos adultos, não encontrou espaço exclusivo das primeiras-damas na estrutura do Estado.
Entregou a Secretaria de Desenvolvimento Social, área tradicionalmente ocupada por mulheres dos governadores, ao correligionário Alberto Damasceno. A petista também extinguiu o Programa de Articulação da Cidadania, no qual a primeira-dama do governo anterior, de Simão Jatene (PSDB), havia trabalhado voluntariamente.
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