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Cidades/Geral
Sábado - 16 de Junho de 2007 às 07:45
Por: Benjamin Franklin

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Os principais problemas e as soluções já encaminhadas pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) para reduzir os índices de criminalidade, na Grande Cuiabá, foram expostos na manhã desta sexta-feira, durante audiência pública no auditório Milton Figueiredo da Câmara de Cuiabá, na manhã desta sexta-feira (15/06/07). "Alguns se surpreendem porque neste governo [Blairo Maggi] nada é escondido e tudo é discutido com a sociedade, mesmo quando há desacertos internos", argumenta o ex-deputado Carlos Brito, titular da Sejusp.

Carlos Brito mostrou-se favorável à retomada da discussão da Lei Seca e a urgente implantação da Guarda Municipal para atuar, se necessário, até mesmo nos bairros. A audiência sobre "Crime organizado e violência em Cuiabá", requerida pelo vereador Domingos Sávio (PMDB), provavelmente alcançou seu objetivo porque levou à exposição pública, sem maquiagem, o debate das alternativas para combater a violência na Capital.

Atividade de integração, melhoria na educação pública, investimentos no lazer e no serviço público dos bairros, foram questões levantadas pelos participantes da audiência. Além disso, a presença de guardas municipais também entrou em pauta durante o debate.

Carlos Brito destacou a implantação das Bases Comunitárias de Segurança Pública, sendo 14 em Cuiabá e duas em Várzea Grande, como ponto de partida para a integração das Polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros e Politec. "Na prática, trata-se de uma importante ação de integração das Políticas", pondera Brito.

Já Domingos Sávio entende que houve uma ampliação do debate, já que essas questões de segurança pública são discutidas nas sessões, uma vez que, com as indicações feitas pelos parlamentares municipais, há cobrança para melhoria desses serviços. Durante as sessões deste ano, Sávio fez cerca de 1.170 Indicações na Câmara de Cuiabá. 11,9% delas são para a melhoria de iluminação pública e 14,6% para policiamento, serviços muito cobrados pelos presidentes de bairros presentes na audiência.

Ao abrir as discussões, o secretário Carlos Brito frisou que a segurança pública é responsabilidade de todos os governos – federal, estadual e municipais. Além disso, convidou a população a refletir e a participar mais efetivamente. "A sociedade tem que ter uma convivência mais pacífica, isso auxilia o processo. Essa atitude chama-se paz social", destaca Brito.

O debate se estendeu até às 14 horas e contou com a presença, entre outras autoridades, do presidente da Ucamb (União Cuiabana das Associações de Moradores de Bairros), Édio Martins; do comandante da GEFRON (Grupo Especial de Fronteira), Coronel Leovaldo Emanuel Sales Silva; presidente da OAB, Francisco Faiad; comandante Geral da Polícia Militar, Coronel Campos Filho; superintendente da Politec (Perícia Oficial e Identificação Técnica), Zuilton Marcelino; comandante do Corpo de Bombeiro, coronel BM Sérgio Roberto Delamônica, deputado Walter Rabello (PMDB) e vereadores Edivá Pereira Alves (PSDB), Enelinda Scala (PT), Luiz Poção (sem partido), Francisco Vuolo (PR) e dos representantes do prefeito de Cuiabá, Moisés Cipriano e coronel Dival Martins Correa, além de aproximadamente 50 presidentes e ex-presidentes de associações de moradores de bairros da Capital.

Domingos Sávio se sente satisfeito e espera que o índice de violência da capital diminua.

ALTO GRAU DE RESOLUTIVIDADE - Em Cuiabá, o número de mortes violentas (homicídios mais roubo seguido de morte) ocorridas em maio é de 23, quase uma por dia, maior que o mês anterior que chegou a registrar 17 casos. Contudo, 82% dos casos foram elucidados e 75% dos suspeitos presos, à espera da conclusão do inquérito para posterior julgamento pelo Poder Judiciário.

No primeiro trimestre de 2007, os indicadores apresentam 2.085 roubos, quase 23 registros por dia. Durante o mesmo período foram notificados 3.985 furtos, o que equivale a aproximadamente 40 registros diários. Os homicídios (incluindo os roubos seguidos de morte), se comparados ao mesmo período de 2006, sofreram um aumento de 15,94%. O roubo de veículos saltou de 208 para 262 representando um percentual de mais 25,96%.

Recentemente a Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) destacou Mato Grosso por seus elevados índices de violência. Carlos Brito provou com dados atualizados, justamente numa audiência pública, no Congresso Nacional, em Brasília, que esses números estavam equivocados.

A OEI fez um ranking perverso, com dados ultrapassados, apontando a pequena cidade de Colniza, a 1.044 quilômetros de Cuiabá, com 12.400 habitantes, como a "capital nacional dos homicídios", com uma taxa de 165,3 assassinatos por 100 mil habitantes, a maior do Brasil. Dos 10 municípios elencados pela pesquisa equivocada da Organização dos Estados Ibero-Americanos, quatro foram de Mato Grosso. Além de Colniza, apareceram Aripuanã, Juruena e São José do Xingu.





Fonte: Secom - Câmara Cbá

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