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Politica Brasil
Sábado - 16 de Junho de 2007 às 07:17

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Preocupado com o reflexo na Assembléia de uma nova crise na área ambiental, o governador Blairo Maggi cancelou toda a agenda de terça (19) para priorizar uma reunião com o secretário Luís Daldegan e demais integrantes do corpo técnico da Sema junto com a comissão de Meio Ambiente do legislativo estadual. O governo começou a ser bombardeado pelos parlamentares por falta de reaparelhamento da pasta.

O encontro será em seu gabinete no Palácio Paiaguás. Maggi tem apresentado números para contrapôr estatísticas negativas no setor e dado demonstração pública de alguns avanços, tudo para superar as críticas em âmbito nacional e internacional. O problema é que Mato Grosso continua no topo de Estado que mais desmata e promove queimadas ilegalmente. Tem-se ainda o fato do governador, por ser o maior produtor mundial de soja, ser alvo de ataques de organismos internacionais, que já batizaram-no de "destruidor de floresta".

Algumas questões internas voltas à administração e à legislação têm provocado críticas ao governo, principalmente por parte de empresários madeireiros. O primeiro-secretário da Assembléia, deputado José Riva (PP), por exemplo, virou porta-voz dos reclames do setor. Da tribuna, ele cobrou esta semana maior estrutura à Sema. Disse que a pasta não consegue atender as demandas dos madeireiros. Isso, segundo ele, contribui para com o crescimento dos problemas legais junto aos órgãos de fiscalização.

Riva observa que, por falta de ação da secretaria, em algumas regiões o Ibama está impondo terrorismo ao setor madeireiro. Citou exemplo de Paranaíta (650 km ao Norte de Cuiabá). "Lá, nos últimos dias, o Ibama simplesmente está implantando um terrorismo na região, por falta da ação da Sema, e jogando na vala comum aqueles que estão em dia com suas obrigações e operando dentro da legalidade, com os que estão atuando irregularmente”.

De acordo com o deputado, "se a Sema não tiver equipamentos tecnológicos de ponta e reforço na equipe técnica com a contratação de mais profissionais, a tendência é que o órgão acabe se inviabilizando e seus 300 funcionários podem ficar desempregados".

Diz também que há um clima de medo entre os funcionários e técnicos da secretaria. “Todo dia tem uma ação da Polícia Federal na Sema. Isso precisa acabar por que os técnicos estão com medo de assinar os laudos que precisam ser liberados para as madeireiras comprovarem que estão trabalhando dentro das normas exigidas e com o aval do governo do Estado".





Fonte: RD News

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