TSE faz campanha para brasileiros no exterior votarem
Os eleitores brasileiros cadastrados no exterior representam a 0,6% do eleitorado, que é 125.752.802 pessoas. Grande parte do alvo da campanha do TSE serão os brasileiros que vivem ilegalmente no estrangeiro. Conforme estimativa do Ministério das Relações Exteriores, 1,3 milhão está na clandestinidade. Desses, cerca de 705 mil moram nos Estados Unidos.
"Os eleitores que estão em situação irregular no exterior têm medo de fornecer informações à Justiça Eleitoral, com receio de que esses dados sejam repassados às autoridades locais", afirmou o juiz João Luiz Fischer Dias, titular do Cartório Eleitoral do Exterior. Mas, segundo ele, esses dados são sigilosos.
Diplomata na Embaixada do Brasil em Washington, nos Estados Unidos, a conselheira Luiza Lopes da Silva, garante que esse sigilo é respeitado. "Os dados fornecidos às repartições diplomáticas são sigilosos e, além disso, não há necessidade de apresentação de visto válido para requerer o título", afirmou. "Qualquer pessoa, de um jeito ou de outro, pode se alistar", disse. "Vendo a lista de documentos, o interessado se dá conta de que nada pode incriminá-lo."
O voto no Brasil é obrigatório para as pessoas que têm de 18 a 70 anos. Segundo o TSE, o alistamento eleitoral no exterior é obrigatório e condição indispensável para a renovação de documentos, como passaporte. Se o eleitor cadastrado não vota nem justifica a ausência, ele não pode solicitar nenhum documento nas embaixadas ou consulados, informou o TSE.
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