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Meio Ambiente
Sexta - 15 de Junho de 2007 às 14:03

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As mortais ondas de calor na região do Mediterrâneo, como as que mataram cerca de 18 mil pessoas em 2003, podem se tornar corriqueiras neste século se as tendências atuais de emissão dos gases do efeito estufa não sofrerem alterações, disseram pesquisadores nesta sexta-feira. O número de dias perigosamente quentes na região do Mediterrâneo, que incluiu territórios de Europa, África e Oriente Médio, pode aumentar de 200% a 500%.

Segundo um estudo publicado na revista Geophysical Research Letters, a França registraria a maior elevação no número de dias extremamente quentes. Paris iria literalmente fritar caso as simulações citadas no artigo se verifiquem efetivamente - a capital francesa registraria durante dezenas de dias por ano temperaturas superiores às da época da letal onda de calor de 2003.

No entanto, a redução das emissões de gases do efeito estufa tornaria 50% menos intensos os dias perigosamente quentes, afirmaram os autores do estudo, no qual se analisaram simulações climáticas abrangendo o período até 2099. Cerca de 15 mil pessoas morreram na França devido à onda de calor de 2003 e quase 3 mil na Itália naquele mesmo verão.

"Hoje, os acontecimentos raros, como a onda de calor que atingiu a Europa em 2003, tornam-se muito mais comuns à medida que aumenta a concentração de gases do efeito estufa", disse em um comunicado o pesquisador Noah Diffenbaugh, da Universidade Pardue, em Indiana.

Diffenbaugh acrescentou que essas temperaturas "tornam-se o padrão e que os eventos extremos previstos para o futuro não terão precedentes quanto à sua violência". Os dias mais quentes dos verões de hoje, segundo o pesquisador, se transformarão nos dias mais amenos dos verões futuros.





Fonte: Reuters

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