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Economia
Sexta - 15 de Junho de 2007 às 06:58

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Mato grosso tem o segundo maior potencial hidrelétrico do país para geração de energia. Um terço disso pode ser aproveitado por pequenas usinas. Nesta semana o BNDES destinou 360 milhões para cinco destes projetos no estado.

É de Mato Grosso o segundo maior potencial hidrelétrico do país. Mato Grosso perde apenas para o estado do Pará. A energia elétrica que ainda pode ser gerada aproveitando os rios de relevo acidentado chega a nove mil megawats. Quase um terço dessa produção viria das pequenas centrais hidrelétricas. As PCHs são usinas de menor porte que fornecem entre um e trinta megawats e são conhecidas pelo reduzido impacto ambiental.

Para o sindicato das empresas que atuam na construção, geração e transmissão de energia, o setor vive um dos melhores momentos da história. Vinte e seis PCHs estão em fase de licença prévia, outras 44 estão em obras, investimento que costuma ser feito por grupos privados e mediante financiamento.

O BNDES aprovou nesta semana uma verba de R$ 360 milhões destinada à construção de cinco PCHs no rio Juruena, entre Sapezal e Campos de Julho. A concessão dá o direito de se vender a energia para cidades, empresas ou ainda para o sistema nacional integrado.

“São os melhores negócios do momento. São usinas de custo baixo e impacto ambiental menor, para você construir é rápido e dá resultado praticamente imediato”, disse Air Bom Despacho, presidente do Sindicato das Empresas de Construção, Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica e Gás de Matogrosso (Sincremat).

O bom momento dos investidores é visto com cautela pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Cabe a Sema, várias avaliações sobre os projetos, inclusive sobre a viabilidade e principalmente sobre o impacto ambiental das pequenas centrais hidrelétricas nas regiões. O trabalho é conhecido por ser complexo, e não se resolve rapidamente.

“Existe uma preocupação da Sema com relação a área que está sendo afetada. Por isso é que nós somos extremamente cuidadosos na solicitação de informações com relação a isso”, disse Salatiel Araújo , superintendente de infra-estrutura mineração e serviços da Sema.

Mas as PCHs também provocam polêmica. No ano passado índios do parque nacional do Xingu pararam as obras da central de Paranatinga. A usina estaria sendo construída numa região considerada histórica para várias etnias.

“Esses embargos são vistos pela Sema como questões corriqueiras, e que são resolvidas tecnicamente a medida que eles acontecem”, disse Salatiel Araújo.





Fonte: TV Centro América

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